Recomeço para a indústria? Carro elétrico ameaça monopólios tradicionais

Surgimento de fabricantes de veículos totalmente elétricos ameaça a hegemonia de montadoras mais tradicionais.

O carro elétrico ganhou força em 2023 e alterou de maneira profunda o mercado automotivo no Brasil. A chegada de montadoras chinesas transformou a visão dos motoristas e muitos nem se lembram mais da má impressão deixada pelos primeiros automóveis importados da China.

Com planos de começar a produzir no Brasil, BYD e GWM chegaram com tudo e elevaram o nível dos elétricos no mercado nacional. Essa virada aconteceu junto com a eletrificação dos modelos após décadas de montadoras utilizando um mesmo propulsor em várias gerações de suas linhas.

Disputa mais acirrada

A chegada do motor elétrico com sua simplicidade trouxe aos carros a bateria um diferencial enorme. O desempenho conquistado é resultado da tecnologia da bateria, o que coloca os chineses bem à frente na corrida.

O recomeço da indústria automotiva, se é que podemos chamar assim, tem sido caracterizado pela chegada de novos fabricantes para concorrer com as marcas tradicionais. Os elétricos estão invadindo o mundo, inclusive países sem tradição histórica alguma na produção de veículos.

Até o início da popularização do carro elétrico, inúmeras montadoras surgiram e morreram. Mas o cenário mudou, e agora as novas marcas têm conquistado seu lugar ao sol com muito mais rapidez e, em alguns casos, já batem de frente com os grandes grupos.

Revolução do desempenho

O desempenho, sobretudo no quesito aceleração, foi um grande transformador do jogo. Enquanto antigamente um carro que ia de 0 a 100 km/h com rapidez eram um luxo reservado a poucos, hoje quem tem R$ 300 mil consegue comprar um BYD Seal e atingir a marca em 3,8 segundos. Por incrível que pareça, o modelo é um pouco mais rápido que a Ferrari F-40.

Na tentativa de equilibrar o mercado e criar um novo cenário após o “reset” da indústria, as montadoras maiores estão começando a produzir seus próprios elétricos. Outra saída encontrada por elas é apostar na compra de pequenas empresas de tecnologia com potenciais descobertas interessantes.

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