Percentual de álcool na gasolina deve aumentar até março
Índice de etanol anidro presente na mistura da gasolina pode subir de 27,5% para 30% ainda no primeiro trimestre.
O índice máximo de etanol anidro presente na gasolina vendida do Brasil pode subir de 27,5% para 30% até março do próximo ano. Essa é a ideia do governo federal, que aguarda a próxima reunião do Grupo de Trabalho (GT) criado para discutir o assunto antes de tomar uma decisão.
O GT tem até três meses para apresentar um relatório com suas conclusões ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), mas o prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias.
A equipe é composta por representantes da Casa Civil e dos Ministérios da Fazenda, dos Transportes, da Agricultura e Pecuária, da Ciência e Tecnologia, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento e dos Portos e Aeroportos. O Ministério de Minas e Energia coordena os trabalhos, que também contam com a participação de integrantes da ANP e da EPE.
A pasta de Minas e Energia enfrenta pressão dos produtores de etanol, que defendem a realização de novos testes, pelas montadoras, em motores de veículos com gasolina de octanagem mais elevada (em torno de 95). Segundo técnicos do governo, o índice atual de queima do combustível no motor é de 93.
A intenção é ampliar a octanagem da gasolina de 93 para 95 por meio da injeção de etanol, chegando mais perto dos padrões do combustível vendido na Europa e nos EUA.
Pacote verde
O limite de etanol na gasolina permitido atualmente pode variar de 18% e 27,5%. A proposta do governo é ampliar esse teor para um intervalo entre 22% e 30%, mas isso depende da constatação de sua viabilidade técnica.
O ministro Alexandre Silveira deseja promover a mudança de forma mais acelerada e no âmbito do Combustível do Futuro, iniciativa focada na redução da emissão de poluentes na atmosfera. Para encurtar o processo, o GT também avaliará índices de etanol acima de 25% na gasolina C.