Conheça o novo item obrigatório que ajuda a economizar combustível

Todos os veículos zero-quilômetro a combustão vendidos no Brasil terão o equipamento obrigatório a partir de 2025.

Existe um item obrigatório presente em 20% dos carros novos a combustão vendidos no Brasil que ajuda o motorista a economizar combustível. O sistema faz parte de veículos zero-quilômetro movidos a gasolina, a etanol e flex.

A partir de 2024, 60% dos automóveis com esse tipo de motorização terão que incluir o equipamento de forma obrigatória. Já no próximo ano, todos os veículos novos comercializados no país deverão oferecer o item.

Chamado de ORVR (onboard refueling vapor recovery ou sistema de recuperação de gases, em português), ele atua na melhora da qualidade do ar e protege a saúde dos frentistas na hora do abastecimento. Outra vantagem é que o equipamento ajuda a reduzir o consumo de combustível. No entanto, ele aumenta o custo de produção.

A tecnologia é utilizada em larga escala nos Estados Unidos há mais de 20 anos, mas só ganhou adesão no Brasil devido às novas regras do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores). A cada fase do programa, os níveis de emissão de poluentes permitidos por veículos automotores ficam menores.

Sistema de recuperação de gases

Segundo a fabricante Eaton, que fornece o ORVR para diversos fabricantes, o sistema reduz em até 98% as emissões de gases tóxicos provenientes da gasolina, do etanol ou da mistura dos combustíveis. Ele é capaz de reter, por exemplo, o cancerígeno benzeno.

A empresa explica que a tecnologia ORVR é acoplada ao tanque do veículo e possui válvulas, além de um filtro de carbono, que impedem o escape dos vapores para a atmosfera. Esses gases são reenviados para o motor e queimados juntamente com o combustível, o que evita o desperdício e melhora o consumo.

Para o consultor ambiental Gabriel Murgel Branco, o gasto extra com a tecnologia acaba “se pagando durante a vida útil do veículo”.

“[O ORVR] custa algo em torno de US$ 25 a US$ 30 por veículo, o que, em um horizonte de 20 anos, vai custar US$ 1,4 bilhão. Só que ele vai economizar US$ 3,4 bilhões em gasolina. Então, ele acaba se pagando”, afirma.

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