O que compensa mais: carro elétrico, híbrido ou a combustão?
Levantamento realizado pela plataforma OLX revela a preferência dos brasileiros quando o assunto é carro.
A plataforma de compra e venda OLX realizou uma pesquisa em parceria com a MindMiners para descobrir a preferência dos consumidores brasileiros quando o assunto é carro. O resultado aponta que cerca de 71% dos 500 entrevistados pensam em comprar um veículo híbrido ou elétrico em 2024.
Dentre os que consideram a compra, 14% buscam um automóvel 100% elétrico e 27% querem um híbrido, enquanto 30% avaliam os dois modelos. Outros 29% afirmaram não ter interesse em obter nenhuma das duas categorias.
Participaram do levantamento pessoas de classes sociais com idade mínima de 18 anos, sendo 52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino.
Segundo Alexandre Ripamonti, professor de finanças e economia da ESPM, um dos atrativos mais notórios da categoria é economia, já que os eletrificados rodam cerca de 300 a 400 quilômetros com uma carga. Embora os carros elétricos sejam em média 50% mais caros do que aqueles a combustão, no final das contas, a compra acaba valendo a pena.
A depender do local de abastecimento, cada carga custa em torno de R$ 30 a R$ 90. Em casa, usando um carregador específico e a energia da própria residência, o custo fica oscila entre R$ 30 e R$ 50. Já nos postos de carga rápida, o preço está na casa de R$ 90 por carregamento.
Para rodar os mesmos 300 ou 400 km com um veículo a combustão, o motorista gasta entre R$ 166,8 e R$ 222,40. O cálculo leva em conta um preço médio de R$ 5,56 o litro para a gasolina e um consumo médio de 10 km por litro.
Qual das opções é mais vantajosa?
Observando apenas o quesito financeiro, os modelos totalmente elétricos valem mais a pena que os híbridos ou a combustão. “Entre os três modelos, mais vantajoso financeiramente é o 100% elétrico”, diz Ripamonti. Porém, a desvantagem é o baixo número de postos de recarga existentes no país, sobretudo fora da região Sudeste.
“Essa rede de carregamento para carros elétricos está se expandindo agora, mas ainda é muito restrita. Então, se você tiver um carro elétrico e quiser ir para um lugar mais longe, terá que se programar muito bem antes para, no caminho, saber quais são os pontos de recarga”, acrescenta o especialista.
Outro ponto que deve ser considerado pelo consumidor é que cada marca possui seu próprio sistema de recarga, o que pode dificultar o processo. Assim, o carro híbrido acaba se tornando uma opção mais interessante para quem não quer depender de postos específicos de recarga.
No caso dessa categoria, a desvantagem fica por conta do preço, já que os modelos são mais caros que os 100% elétricos. Enquanto o elétrico mais barato do país custa R$ 119,9 mil (Caoa Chery iCar), o híbrido mais acessível está na casa dos R$ 149 mil (Hyundai Ioniq).
“A pesquisa aponta que 66% dos entrevistados consideram a possibilidade de pagar mais caro por um veículo híbrido ou elétrico e, dentre os consumidores da Geração Z, chega a 73%. Isso nos leva a concluir que, apesar dos desafios econômicos, os brasileiros preferem investir em carro mais caro, mas que tenha combustível mais barato e tecnologia avançada”, explica o vice-presidente Comercial de Autos do Grupo OLX, Flávio Passos.
*Com informações do E-Investidor.