A investida não terminou: 20 marcas de carros asiáticas devem estrear no Brasil

Empresas asiáticas se preparam para lançar seus veículos no país nos próximos meses, com a famosa chinesa Huawei.

A chamada “invasão chinesa” no mercado automotivo brasileiro parece estar bem longe do fim, e os planos apontam para uma nova onda de estreias nos próximos dois anos. Além da produção nacional por marcas que já operam por aqui, o Brasil deve receber novas montadoras de elétricos e híbridos.

Esses fabricantes já estão em contato com o governo federal e empresários do setor para viabilizar seu desembarque. Essa é uma notícia preocupante para GWM, BYD, Caoa Chery, JAC e Seres, que terão de se preparar para o aumento da concorrência em pouco tempo.

Segundo o presidente da GM na América do Sul, Santiago Chamorro, cerca de 20 novas marcas chinesas têm planos de operar no mercado brasileiro. Essa intenção também foi sinalizada durante o Salão do Automóvel de Pequim, na China, por nomes como GAC, Xpeng, Changan, MG e a Huawei.

Smartphones ou carros?

Conhecida por fabricar smartphones, a Huawei planeja trazer o Aito M5 para o país em breve. Essa combinação pode originar uma loja bem diferente do que o público está acostumado, mas que já existe na Ásia: um estabelecimento que vende tanto smartphones quanto carros.

É provável que isso fique para um segundo momento, já que o fabricante não vai querer assustar o consumidor com tanta informação nova de uma só vez. Exemplo disso é a BYD, que planeja inserir o negócio de telhas solares no setor de automóveis, mas tem agido com calma.

Empresários brasileiros já visitaram a sede da Huawei na China e conheceram sua divisão de automóveis, a Aito. Para o presidente da Anfavea (a associação das montadoras instaladas no Brasil), Márcio Lima, o que o Brasil precisa é voltar aos tempos da reindustrialização.

“O retorno do imposto de importação para híbridos e elétricos alavancou o interesse dos chineses em investir e produzir no país, e não somente importar”, disse Lima.

Porém, segundo o especialista, o crescimento do setor será observado a partir de 2025. “Os chineses, como novos players, estão crescendo, mas ainda não representam uma movimentação direta diante do volume dos carros feitos no país. Eles estão na competição e, sim, começam a tirar participação dos líderes do mercado”, completou.

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