Acidente com carro autônomo: é ASSIM que ele reage em caso de colisão
Veículos autônomos prometem segurança, mas desafios éticos e técnicos ainda precisam ser superados, sobretudo em caso de acidentes.
Os veículos autônomos têm se tornado um dos principais tópicos no setor de mobilidade urbana, prometendo transformar o transporte ao eliminar erros humanos, responsáveis por cerca de 90% dos acidentes de trânsito, segundo a OMS.
No entanto, questões sobre a segurança e a ética na programação desses sistemas permanecem em debate. Equipados com sensores, câmeras e inteligência artificial, esses automóveis são projetados para identificar obstáculos e tomar decisões em tempo real, minimizando riscos.
Contudo, situações críticas, como colisões iminentes, ainda colocam à prova a eficácia desses sistemas. Nesse contexto, a segurança e a priorização de vidas em acidentes inevitáveis continuam gerando questionamentos.
Reação dos carros autônomos em acidentes
Os carros autônomos utilizam tecnologia avançada para reagir a acidentes, mas sua eficácia é impactada por diversos fatores.
Sensores e algoritmos trabalham para evitar colisões, mas as decisões nem sempre são ideais. A programação ética dos algoritmos, que decide entre proteger passageiros ou pedestres, é uma questão complexa e culturalmente variável. É aí que entra o papel dos níveis de automação veicular.
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Quais são os níveis de automação veicular?
A norma J3016 da SAE International estabelece seis níveis de automação, que vão desde a ausência de automação até a automação total. Cada nível apresenta diferentes graus de intervenção humana e autonomia; contudo, o modelo tem sido criticado por desconsiderar fatores humanos e sociais, além de não considerar adequadamente a infraestrutura viária.
Confira a seguir quais são eles:
Nível | Descrição |
---|---|
Nível 0 | Sem automação: controle totalmente humano |
Nível 1 | Assistência ao motorista: controle de velocidade ou direção |
Nível 2 | Automação parcial: controle de direção e velocidade juntos |
Nível 3 | Automação condicional: condução autônoma em certas situações |
Nível 4 | Automação elevada: direção autônoma em áreas específicas |
Nível 5 | Automação total: operação totalmente autônoma |
Afinal, carros autônomos são seguros?
Embora a autonomia prometa maior segurança, acidentes com veículos da Uber, Tesla e Ford demonstram que a confiabilidade ainda é um desafio. Problemas nos sensores e interpretações equivocadas do ambiente revelam limitações dos sistemas.
Montadoras como a Volvo garantem assumir a responsabilidade por falhas, mas nem todas são transparentes em relação aos dados de segurança.
Além da tecnologia, a infraestrutura urbana e a regulação são cruciais para a implementação dos carros autônomos. Os legislativos da Alemanha e do Reino Unido avançam em regulamentações, enquanto o Brasil ainda enfrenta desafios como a falta de infraestrutura viária adequada e normas claras.
À medida que a confiança pública é testada, o caminho para a integração dos carros autônomos no cotidiano exige uma abordagem abrangente que considere avanços técnicos e ajustes sociais e legais.
Superar esses desafios será essencial para o futuro da mobilidade autônoma. É esperar para ver!