Afinal, como é a lei que obriga todas as fabricantes a terem carros híbridos?

Novas regras de emissões entram em vigor já no próximo ano; Entenda como isso afeta a produção de carros no país.

A corrida pela eletrificação da frota nacional já é uma realidade para montadoras como, por exemplo, a Volkswagen, Stellantis, Renault, Nissan e tantas outras. Esse anúncio de investimentos em plataformas híbridas têm uma razão concreta: a partir do próximo ano entram em vigor as novas regras de emissões a partir da oitava fase do Proconve, programa que controla o quanto os carros vendidos no mercado nacional poluem.

A chamada L8 entra em vigor em janeiro de 2025 de uma forma branda. Contudo, é preciso que as montadoras já comecem se adequar desde já, uma vez que em 2027 começará uma fase mais restrita e que será ainda mais exigente a partir de 2029. Assim, as fabricantes passarão a ter novos limites máximos de emissão de poluentes de forma corporativa e não de maneira individual, por modelo.

Cenário

A sétima fase, ou seja, o momento atual, tem um teto de 80 mg/km de Nmog + Nox (gases orgânicos não metanos + óxidos de nitrogênio) para carros de passeio. Com a chegada da próxima fase, esse máximo de emissão cairá para 50 mg/km para automóveis e 140 mg/km para comerciais leves flex e diesel. Já em 2027 esse índice máximo será de 40 mg/km e, em 2029, cairá para 30 mg/km.

Com essa redução drástica de emissão, a forma que as montadoras têm de manter em linha veículos só a combustão, que são mais antigos, simples e baratos, é justamente compensar o catálogo com outros produtos híbridos ou mesmo 100% elétricos. E é bem neste ponto que as plataformas híbridas farão a diferença.

A Stellantis, dona de marcas como a Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, por exemplo, já utilizará plataforma híbrida a partir deste ano. Mesmo que o modelo ainda seja um mistério, sabe-se que a sua produção ocorrerá na planta de Goiana (PE), onde são fabricados modelos como a Fiat Toro, RAM Rampage e os Jeep Renegade, Compass e Commander.

Plataformas híbridas

Igualmente, a Volkswagen também anunciou a MQB Hybrid. O uso será na picape Tarok, produzida em São José dos pinhais. Já a Nissan também anunciou a nova geração de Kicks, além de um SUV médio nacional e, pelo menos um deles, será híbrido.

Assim, as novas tecnologias, atreladas à legislação, devem fazer com que os motores a combustão desapareçam a médio prazo. O 1.4 TSI da Volkswagen, por exemplo, será substituído pelo 1.5.O. Já os motores 1.6 16V usados por Peugeot e Citroën estão com os dias contados, enquanto 1.8 da Chevrolet Spin terá seu último ciclo de vida antes de desaparecer.

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