‘Airbags mortais’ da Takata equipam 2,5 milhões de carros; descubra se o seu é um deles

Carros fabricados por 17 montadoras entre 2001 e 2018 possuem os componentes defeituosos que já provocaram mortes.

Um dos maiores escândalos do universo automotivo nos últimos anos foi o recall envolvendo os airbags da fornecedora japonesa Takata. Os equipamentos defeituosos equipam mais de 100 milhões de veículos produzidos a partir de 2000, incluindo 2,5 milhões em circulação no Brasil.

Registros oficiais mostram que ao menos 30 pessoas morreram e 320 ficaram feridas devido a um problema identificado no deflagrador do dispositivo. O recipiente de metal, que acomoda o produto químico responsável pela explosão imediata do airbag, arremessa estilhaços metálicos contra motoristas e passageiros nas colisões.

A Takata é fornecedora de airbags para diversas grandes marcas, como Honda, Toyota, Hyundai, BMW, Chevrolet e Fiat, o que fez do recall uma das maiores operações da indústria.

Entenda o recall dos airbags da Takata

Em 2002, um acidente ocorrido no Alabama, nos Estados Unidos, resultou na morte do motorista de um Honda Accord após ser atingido por detritos de metal arremessados durante o acionamento do airbag. Os executivos da Takata foram alertados, mas o ignoraram.

O problema só foi admitido em 2013, quando uma investigação comprovou o defeito na deflagração das bolsas produzidas pela fornecedora japonesa. Ele deu origem a um imenso recall e começou a ser associado a uma série de mortes ao redor do planeta.

O insuflador dos airbags da Takata possui uma abertura forte demais quando o dispositivo é acionado. Esse excesso de força gera trincas no recipiente, o que o faz estilhaçar e atirar pedaços de metal contra os ocupantes após a explosão do airbag.

Foto: Reprodução

Carros com ‘airbags mortais’ circulam no Brasil

No último dia 25, uma reportagem do programa Fantástico voltou a destacar o problema com as bolsas e seus riscos para os ocupantes dos veículos equipados com elas. Entre 2001 e 2018, dezessete marcas utilizaram os dispositivos da Takata em seus carros, inclusive em modelos populares como o Chevrolet Celta.

Para incentivar a resolução do problema de forma mais rápida, a General Motors criou uma campanha que oferecia R$ 500 em combustível para os clientes que agendassem o recall, mas a adesão foi pequena.

Segundo a apuração, 2,5 milhões dos 4,4 milhões de carros que usam o equipamento no Brasil ainda não foram levados às concessionárias para a troca da peça com defeito.

Enquanto isso, casos de pessoas feridas e até mortas em decorrência da falha grave no projeto continuam sendo registrados ao redor do mundo, aumentando a urgência. Vale lembrar que o processo de substituição dos airbags é totalmente gratuito para os proprietários.

Para descobrir se o seu carro possui um dispositivo “mortal”, o proprietário deve acessar o site da montadora ou entrar em contato diretamente com a empresa para verificar se ele foi incluído em um recall.

Nos chamamentos, as marcas informam o modelo, o ano de fabricação e o número de chassi das unidades que necessitam passar pela troca.

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