Álcool ou gasolina? Regra dos 70% ao abastecer já não vale mais
Motores flex se tornaram padrão no Brasil e exigem nova abordagem para escolher entre etanol e gasolina.
Desde que os motores flex surgiram no mercado automotivo brasileiro, no início dos anos 2000, a possibilidade de abastecer com etanol ou gasolina se tornou um grande diferencial para os consumidores.
Mais de duas décadas depois, esse tipo de propulsor se consolidou como padrão nos carros vendidos no Brasil — mas uma dúvida continua frequente: qual combustível realmente vale mais a pena?
Motores flex passam por evolução tecnológica
Ao longo dos anos, os motores flexíveis passaram por importantes avanços tecnológicos, tornando-se mais eficientes, potentes e inteligentes.
Como resultado, a antiga e popular regra dos 70%, que servia como critério simples para decidir entre gasolina e etanol, perdeu força. Hoje, essa fórmula não é mais confiável para os motores flex de nova geração.

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É fato: o etanol oferece uma queima mais limpa e pode até entregar melhor desempenho em alguns motores. No entanto, o que realmente pesa no bolso é o consumo de combustível.
E é aí que entra a importância de uma análise personalizada, baseada no comportamento específico de cada carro.
Como calcular se compensa abastecer com etanol
A dica é simples: para saber se o etanol é mais vantajoso que a gasolina, o motorista deve comparar os preços praticados nos postos e cruzar essas informações com o consumo médio do seu veículo.
O próprio Inmetro disponibiliza dados detalhados sobre o desempenho de cada modelo com ambos os combustíveis.
Com base nesses números, uma conta rápida ajuda a descobrir até quanto o litro do etanol pode custar para ser mais vantajoso do que a gasolina.
Essa comparação consciente evita gastos desnecessários e otimiza o orçamento do motorista no dia a dia.
Novo papel do consumidor na era do carro flex
Com motores cada vez mais inteligentes, o papel do motorista também mudou. Agora, cabe ao condutor acompanhar os dados de consumo, ficar atento às variações de preços nos postos e utilizar ferramentas como aplicativos e sites especializados para tomar decisões mais vantajosas ao abastecer.
A escolha entre etanol ou gasolina não se resume mais a uma regra fixa: ela exige informação, planejamento e, principalmente, atenção às particularidades de cada veículo.