Alerta de óleo velho! Novo golpe detona veículos e assusta motoristas

Fraude pode causar danos irreversíveis aos automóveis; Saiba como se prevenir.

Todo cuidado é pouco! Cada vez mais, novos golpes surgem no mercado. Eles são capazes de causar danos irreversíveis aos automóveis e gerar a maior dor de cabeça para os proprietários dos veículos. E engana-se quem pensa que é apenas a “gasolina batizada” que pode causar estragos. Nesse sentido, o Instituto Combustível Legal (ICL) alerta para um outro problema: os lubrificantes clonados, falsos ou mesmo usados no lugar de produtos de qualidade.

A situação é tão complicada que Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal, destaca que o volume e nível das fraudes no mercado de lubrificantes é, de fato, alarmante. Até porque, tais fraudes, além de prejudicar os consumidores, também comprometem a segurança e a eficiência dos veículos. Outro ponto que não se pode ignorar é que geram danos ambientais.

“O consumidor é muito lesado porque os problemas gerados no veículo, apesar de não aparecerem a curto prazo, são muito grandes. É possível perder um motor por causa do óleo de má qualidade. Em um estudo feito pelo ICL, encontramos situações graves, como venda de óleo queimado como novo, roubo de carga, misturas e fábricas clandestinas”, reforça.

Reprocessamento de óleo queimado

É claro que as fraudes operacionais, assim como roubo de carga e adulteração de produtos estão entre as preocupações do ICL. Dentro deste cenário, uma das práticas que mais tem chamado atenção é o reprocessamento de óleo queimado. Ou seja, quando oficinas, agindo de má-fe, recuperar o óleo já usado e revendem como óleo sintético de alta qualidade.

Prova disso são os dados do Programa de Monitoramento de Lubrificantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De um total de 395 amostras, 353, ou seja, 89,1% estavam conformes em todos os quesitos da análise. No entanto, 44 amostras (10,9%) tinham pelo menos um parâmetro fora da conformidade.

A partir de então, a ANP realizou a apreensão de 137.984 litros de lubrificantes com irregularidades só no primeiro semestre de 2023. Já em 2022, esse volume foi de 568 mil litros apreendidos. Ao analisar as irregularidades, a principal delas é a falta de aditivação e, em seguida, problemas na viscosidade (30%).

Fraudes

Já entre as principais práticas fraudulentas apontadas pela ANP estão:

  • Fabricantes sem autorização ambiental: a atuação de tais empresas compromete a qualidade e a segurança dos lubrificantes que produzem.
  • Adulteração de produtos por misturadoras/batedeiras: neste caso, criminosos adulteram produtos ao misturar óleo refinado a uma porcentagem inadequada de detergentes. Na prática, isso compromete tanto a qualidade quanto a eficácia do lubrificante.
  • Pirataria e falsificação de marcas: não se pode ignorar que existem polos de falsificação que clonam embalagens e selos de marcas reconhecidas. O objetivo, claro, é enganar os consumidores com produtos de qualidade duvidosa.
  • Operações irregulares: rerrefinadores de óleo lubrificante usado podem operar de maneira irregular. Além de comprometer a qualidade do produto final, prejudica o meio ambiente.

Por fim, não se pode ignorar a existência do roubo de cargas, assim como a compra de embalagens usadas para revenda de produtos falsificados.

Como se proteger

O ICL destaca que os consumidores devem permanecer atentos para se protegerem de fraudes. Uma forma de evitar cair em golpes é verificar a procedência dos lubrificantes, dando preferência de compra a estabelecimentos confiáveis e autorizados. Outro ponto é não comprar embalagens danificadas ou com selos de segurança violados.

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