Apesar do preço baixo, Citroën C3 peca em detalhe importante para os consumidores
Neste ano, o Citroën C3 já comercializou 3.394 nos meses de janeiro e fevereiro. Além disso, ele aparece na lista dos 50 modelos mais vendidos no país.
Dentro do mercado brasileiro, o Citroën C3 surge como uma das opções mais baratas do país. No valor de R$ 72.990, o carro agrada ao bolso do consumidor; contudo, um fato importante pode colocar em xeque a situação do veículo no Brasil. Segundo a LATIN NCAP, empresa que avalia o nível de proteção dos carros, o veículo da montadora francesa apresenta deficiências no quesito segurança.
Segundo a LATIN NCAP, que avaliou o Citroën C3 em um teste no último ano, o carro recebeu nota zero no quesito segurança. De acordo com a empresa, ele possui uma estrutura instável, a proteção é ineficaz contra colisões frontais, o carro não possui proteção lateral para a cabeça e não tem o aviso para o uso do cinto de segurança.
O Citroën C3 oferece dois airbags e Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) como equipamento padrão do veículo. Ele obteve 30,52% em Ocupante Adulto, 12,10% em Ocupante Infantil, 49,74% em Proteção de Pedestres e Usuários Vulneráveis da Estrada e 34,88% em Assistência à Segurança.
O veículo foi avaliado nos seguintes fatores: impacto frontal, impacto lateral, chicotada cervical (_whiplash_), proteção para pedestres e ESC.
O presidente do Conselho de Administração do Latin NCAP destacou alguns pontos sobre o veículo e ressaltou que é uma vergonha que a marca francesa produza um veículo desta forma.
“É vergonhoso que a Stellantis, que sabe perfeitamente como desenvolver carros mais seguros a preços acessíveis, tenha projetado um carro com segurança tão precária como o Citroën C3. Um carro dessa natureza representa uma afronta à saúde e à integridade dos latino-americanos, que são tão vulneráveis em situações de colisões e atropelamentos quanto os habitantes dos países onde a Stellantis jamais se atreveria a comercializar um carro com segurança tão precária”, destacou o dirigente, que ainda completou.
“Como consumidores latino-americanos, pedimos encarecidamente que a Stellantis pare de produzir carros que representam um risco tanto para seus ocupantes quanto para os outros usuários da via com os quais compartilham a estrada. A rotulagem de segurança dos veículos, incluindo as classificações por estrelas do Latin NCAP, é uma ferramenta fundamental para a produção de carros mais seguros na região. Também pedimos aos governos de cada país que incorporem essa ferramenta o mais rápido possível para o benefício da população e da economia”, finalizou.
Neste ano, o Citroën C3 já comercializou nos dois primeiros meses do ano 3.394 carros. Em janeiro, foram 1.879 unidades, deixando o carro como o 28º mais vendido do país, e em fevereiro, foram 1.515 unidades, e o carro terminou como o 38º mais vendido.