Aposentou! Fiat decreta o fim do Fire, o motor mais antigo do Brasil
Entenda porque o motor mais antigo do Brasil, Fire, sobrenome famoso de alguns carros da Fiat, chegará ao fim após quase quatro décadas de sucesso.
Após quase 40 anos, a família de motores Fire, introduzida pela Fiat em seus carros – começando pelo Autobianchi Y10 – está perto da aposentadoria. Assim, o motor que virou até “sobrenome” de modelos como o Palio, Uno Mille e da queridinha caminhonete Strada terá seu fim.
Acompanhe a leitura do News MOTOR para entender o porquê e conhecer um pouco da trajetória do motor mais antigo do Brasil.
Sucesso de vendas e chegada ao Brasil
O motor Fire foi lançado na Europa em 1985, mas chegou ao Brasil apenas no comecinho do ano 2000, estreando na família Palio, tanto no hatch quanto no sedã (Siena) e na station wagon (Weekend). Desenvolvido para aumentar a escala produtiva e, ao mesmo tempo, reduzir custos, ele foi um verdadeiro sucesso, daí, inclusive, o nome “Fire”.
Essa, na verdade, é também a sigla para Fully Integrated Robotised Engine (Motor de Integração Totalmente Robotizada, na tradução para o português). Isso porque o propulsor foi criado para ser o primeiro utilizado em uma linha de montagem robotizada. Ao longo do tempo, ele passou por mudanças, tornando-se Flex em 2023, trocou o cabeçote de 16V pelo de 8V e até ganhou outro sobrenome, Evo, para ilustrar uma nova evolução.
Motivo da extinção do Fire
O que decretou o fim da linha dos motores Fire foi a legislação, mais precisamente as novas regras do Proconve L8, que entrarão em vigor em 2025. Com isso, as leis sobre o controle de poluentes ficarão mais rígidas no Brasil e, como já aconteceu às vésperas da aplicação do Proconve L7 no país, obrigarão as montadoras a adaptarem suas linhas para se adequar aos novos padrões.
Como a adaptação do motor Fire exigiria um investimento muito alto, o propulsor será aposentado pela Fiat. Ele até chegou a passar por algumas adequações para atender às exigências do Proconve L7 em 2022, mas começou a perder espaço para a nova família da Stellantis, a Firefly, hoje usada no Argo, no Cronos e no Pulse.
Atualmente, o motor Fire continua equipando a versão 1.0 do Mobi e a 1.4 da Fiorino, mas, quando se aposentar de vez, também será substituído pelo Firefly.