Asfalto brasileiro é um dos piores do mundo; veja colocação

Não é de hoje que o brasileiro reclama das ruas e calçadas do Brasil, e agora essa objeção tem um argumento: um estudo analisa a má qualidade do asfalto no Brasil, que não apenas prejudica o conforto e a segurança dos motoristas, mas também gera altos custos para o país.

A partir do levantamento dos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o estudo classificou o Brasil como um dos países com piores asfaltos do mundo, enfrentando desafios significativos em relação à infraestrutura viária.

Baixa qualidade dos asfaltos

A pesquisa realizada pela OCDE em parceria com o site Compare The Market revelou que o Brasil está em segundo lugar no ranking de países com o pior trânsito do mundo, perdendo apenas para a Rússia.

Os fatores avaliados incluem a qualidade das estradas, a mortalidade no trânsito, os congestionamentos e o custo de manutenção dos veículos em relação à renda da população.

Apesar de o Brasil liderar o índice de mortalidade, a Rússia foi prejudicada pela qualidade das estradas e pelos engarrafamentos. Já a Dinamarca e os Estados Unidos ocupam as primeiras colocações, destacando-se pelo melhor trânsito do mundo.

De acordo com o estudo realizado pelo portal CupomVálido, a falta de manutenção das vias é apontada como a principal causa da má qualidade do asfalto no país.

O superintendente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda), Diego Ciufici, ressalta que a demanda por asfalto no Brasil é alta, o que sobrecarrega a malha rodoviária e dificulta a manutenção adequada.

Além disso, o asfalto utilizado no Brasil é apenas parte do material utilizado na pavimentação, atuando apenas como ligante. Isso significa que muitas vezes não há uma base sólida para as vias, o que contribui para sua deterioração mais rápida.

Os altos índices de acidentes nas rodovias federais também refletem a precariedade da infraestrutura viária do país. Com um custo anual estimado em R$ 12,19 bilhões em acidentes, superando o valor investido em rodovias (R$ 5,76 bilhões), fica evidente a urgência de políticas públicas que garantam investimentos adequados em infraestrutura.

Para resolver a questão do asfalto de baixa qualidade e dos altos índices de acidentes, é fundamental que o governo adote medidas visando à melhoria da infraestrutura viária. Isso inclui não apenas investimentos em manutenção, mas também um planejamento eficiente e a alocação adequada de recursos.

Em um país onde a mobilidade é essencial para o desenvolvimento econômico e social, a qualidade das rodovias e do asfalto é crucial. Portanto, é fundamental que sejam tomadas medidas urgentes para melhorar a infraestrutura viária no Brasil e garantir a segurança e o conforto dos motoristas em todo o país.