Assim como no Brasil, Ford vai parar de produzir carros na Índia

Os planos da montadora dos EUA de fechar permanentemente fábricas na Índia até 2022 colocam 4.000 trabalhadores em risco de demissões.

Trabalhadores da fábrica da Ford, no sul da Índia, vão perder seus empregos. Trabalhadores da fábrica de Chennai, buscaram a ajuda do governo. O objetivo é  proteger os empregos que serão perdidos assim que a montadora interromper a produção de veículos. A informação foi divulgada por trabalhadores e líderes sindicais.

Na semana passada, a Ford disse que iria parar de fabricar carros na Índia. No Brasil,  a montadora justificou o fechamento alegando décadas de prejuízos.

Antes de mais nada, o fechamento das fábricas no país vai custar US$ 2 bilhões aos cofres da Ford. A justificativa foi a mesma utilizada no Brasil: anos de operações não lucrativas. Além disso, a montadora também destacou que esse era um mercado que antes prometia crescimento exponencial, mas que decepcionou.

A montadora dos EUA encerrará as operações em sua fábrica em Sanand, no estado ocidental de Gujarat, no quarto trimestre de 2021. A fabricação de veículos e motores em sua fábrica no sul da Índia em Chennai será encerrada em 2022. No total, as ações vão deixar mais de 4.000 funcionários desempregados.

O anúncio repentino da Ford colocará em risco a subsistência de mais de 2.600 trabalhadores permanentes e mais de 1.000 temporários, disseram sindicalistas.

“Milhares de trabalhadores correm o risco de perder seus empregos. Isso é resultado da decisão da Ford de fechar sua fábrica em Chennai”. A fala é do Sindicato dos Empregados de Chennai em carta enviada ao ministro do estado de Tamil Nadu, TM Anbarasan.

Protestos

O sindicato pediu a Anbarasan que garanta que os meios de subsistência dos trabalhadores. O órgão pede, acima de tudo, a criação de novos empregos para os recém-desempregados.

Outro sindicato em Chennai, o Centro Sindical Indiano (CITU), organizou um protesto contra a administração da empresa.

Um pôster anunciando o protesto questionou a política “Make in India” do primeiro-ministro Narendra Modi. “O governo precisa intervir e parar com isso agora”, disse E Muthukumar, secretário do CITU, à Reuters.

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