Ataque cibernético de hackers é um problema real para carros autônomos?

Automóveis que dirigem sozinhos ainda enfrentam muitos desafios relacionados à segurança no trânsito.

A indústria automotiva evoluiu a ponto de termos veículos que dirigem sozinhos circulando pelas ruas, os famosos carros autônomos. Muita gente ainda teme sua presença no trânsito, sobretudo após casos recentes de acidentes envolvendo esses modelos.

Uma pesquisa da American Automobile Association (AAA) apontou que 66% dos entrevistados têm medo de veículos autônomos, um aumento significativo ante os 55% registrados em 2022, mas uma leve queda em relação aos 68% observados em 2023.

O ceticismo do público é baseado principalmente na ausência de um ser humano para tomar decisões, mas existe outra preocupação tão (ou até mais) importante quanto essa: a vulnerabilidade a ataques hackers.

Carros autônomos e a chance de ataques cibernéticos

Como consequência do aumento da conectividade, o vazamento de dados dos proprietários e os temidos ataques cibernéticos tornam-se mais recorrentes, levantando novas discussões a respeito dos carros autônomos. Afinal, quais são os principais riscos envolvidos?

Segundo pesquisas, um invasor tem a capacidade de comprometer a unidade de controle eletrônico de um veículo como esse a partir do Bluetooth ou redes de celular, manipulando funções como direção, aceleração e freios. Em outras palavras, um hacker pode acessar o sistema do automóvel e controlar seus recursos remotamente, causando acidentes e outros danos.

Essa possibilidade ilustra a necessidade de melhorias na segurança cibernética automotiva e nas regulamentações para esses modelos, a partir da exigência da implementação de mecanismos de segurança mais eficientes pelas fabricantes.

O ideal é que o carro autônomo tenha sistemas de autodiagnóstico para identificar e neutralizar eventuais ataques, recursos de alerta em tempo real aos motoristas ao redor e a possibilidade de controle manual do veículo sobre qualquer comando externo.

Exemplo de veículos autônomos da Waymo, da Alphabet, empresa da controladora do Google (Foto: Waymo/Divulgação)

Desafio para a indústria

Em relação à programação de veículos que rodam sozinhos, outra questão importante é a tomada de decisões em situações de risco. Incidentes recentes mostram que os sistemas ainda possuem falhas e podem até causar acidentes fatais envolvendo pessoas.

Portanto, se as empresas desejam obter mais confiança do público em carros autônomos, precisam investir em recursos que garantam a segurança e a proteção de todos. Esse é um desafio que a indústria terá de enfrentar com rigor, seriedade e transparência.

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