Atenção, lerdinhos: andar devagar demais com o carro pode dar multa?

Mais do que incomodar os motoristas que estão atrás, quem roda devagar demais pode estar cometendo uma infração.

Que atire a primeira pedra quem nunca se estressou com outro motorista andando devagar demais na sua frente. A maioria se lembra de que dirigir em velocidade inferior à metade da máxima permitida na via é uma infração, mas a verdade é que as punições raramente são aplicadas.

Segundo o artigo 219 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), “transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita”.

O texto não deixa dúvida de que o comportamento é passível de punição; neste caso, uma multa no valor de R$ 130,16 e quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No entanto, por ser menos frequente e/ou nociva do que o excesso de velocidade, essa falta acaba sendo “esquecida” na maioria das vezes.

Para saber o limite de velocidade máximo permitido na via, basta olhar na placa. Já para descobrir o mínimo, é só dividir esse valor por dois. “Por exemplo, numa rodovia onde a velocidade máxima permitida é de 110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas, a velocidade mínima é de 55 km/h”, explica o instrutor de trânsito Daniel Oliveira.

Como funciona na prática?

Na prática, a exceção da faixa direita está valendo na maioria dos casos, mas também há situações adversas que motivam o motorista a trafegar devagar demais. “O caso será avaliado; não será necessariamente autuado o condutor. O mais importante é se o veículo está retardando ou obstruindo o tráfego. Nesse caso, ele será multado”, explica Luciano Salvador, da Polícia Rodoviária Federal.

Caso detectem o que está acontecendo, os policiais devem ajudar para saber o que está acontecendo. Pode ser um defeito mecânico, veículo muito pesado ou problemas semelhantes, alguém sentindo um mal-estar”, completa Salvador.

Segundo a Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), o excesso de velocidade é a principal causa de fatalidades no trânsito. Mesmo assim, os perigos de trafegar abaixo da metade do limite máximo não podem ser ignorados, sobretudo nas rodovias.

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