Autoridades federais endurecem pressão sobre Tesla devido a problemas nas maçanetas

Investigação sobre falhas em maçanetas eletrônicas da Tesla gera alerta global.

Problemas nas maçanetas eletrônicas da Tesla acenderam um alerta global de proporções cada vez maiores. A NHTSA, agência reguladora dos Estados Unidos, ampliou a investigação sobre defeitos que dificultam abrir ou fechar os veículos.

O órgão exigiu da empresa documentação técnica detalhada até 10 de dezembro, sob risco de multas pesadas. Na China, as autoridades estudam regras adicionais para esses mesmos componentes.

Relatos de proprietários incluem situações graves: crianças ficaram presas dentro de carros aquecidos, algumas vezes exigindo resgate ou quebra de vidros.

Até 27 de outubro de 2025, o Escritório de Investigação de Defeitos registrou 16 ocorrências envolvendo o Model Y 2021, todas ligadas a falhas nas maçanetas eletrônicas em caso de perda de energia da bateria de 12VDC.

O caso evidencia como falhas tecnológicas, mesmo em detalhes aparentemente pequenos, podem gerar riscos reais à segurança, mobilizando reguladores e fabricantes em várias regiões do mundo.

Exigências técnicas e riscos de sanção

A investigação começou em setembro após reportagens da Bloomberg sobre feridos e mortes ligados ao aprisionamento. A NHTSA solicitou registros de todos os Model Y 2021 destinados à venda ou leasing nos Estados Unidos.

A análise também inclui veículos similares, como Model 3 e Model Y, de 2017 a 2022, e sistemas de portas, travas, software e baterias de 12VDC.

A agência pediu detalhes do projeto, modos de falha e correções aplicadas aos mecanismos de abertura. A Tesla pode solicitar prorrogação; no entanto, precisa entregar tudo até 10 de dezembro. Caso descumpra, a empresa enfrenta multas de US$ 27.874 por violação ao dia, limitadas a US$ 139.356.994.

Movimentos regulatórios e repercussões

Órgãos de segurança automotiva na China avaliam novos requisitos para maçanetas eletrônicas.

O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação do país publicou uma versão preliminar de normas, com comentários abertos até 22 de novembro. As propostas reforçam mecanismos internos de emergência mais identificáveis, acessíveis e fáceis de acionar.

O líder de design Franz von Holzhausen afirmou que a Tesla pretende alterar o desenho das maçanetas.

Em paralelo, concorrentes como a Rivian reavaliam soluções embutidas ou retráteis. Já o CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer, disse que os clientes rejeitam maçanetas eletrônicas embutidas e que a montadora não planeja adotá-las.

Implicações imediatas

O cerco regulatório nos Estados Unidos e na China acelera mudanças em ergonomia, redundância e clareza dos sistemas de portas. Assim, os próximos marcos indicarão a direção das correções e da conformidade.

O desfecho deve influenciar fornecedores e concorrentes que estudam abandonar soluções complexas de abertura.

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