Avanço tecnológico: como a inteligência artificial pode reduzir engarrafamentos

IA aprimora gestão de trânsito em Nova York, reduzindo impactos de acidentes sem sensores caros, graças a dados de navegação.

Você já se imaginou dirigindo em uma cidade onde os engarrafamentos após acidentes praticamente não existem? Onde a fluidez do trânsito é preservada sem depender de sensores caros ou infraestrutura complexa?

Esse cenário, que parece futurista, está mais próximo da realidade graças ao avanço da inteligência artificial (IA) aplicada à mobilidade urbana.

Pesquisadores do SUNY Polytechnic Institute, nos Estados Unidos, desenvolveram uma tecnologia revolucionária que promete transformar a forma como acidentes de trânsito são monitorados e gerenciados.

O projeto, liderado pelo professor de Engenharia de Transportes Dr. Abolfazl Karimpour, utiliza algoritmos de IA aliados a dados já disponíveis em aplicativos de mobilidade e navegação para prever, em tempo real, o impacto de colisões nas rodovias.

Como a tecnologia funciona?

A inovação, publicada na revista científica Case Studies on Transport Policy, tem como diferencial o baixo custo e a eficiência.

Em vez de depender de sensores instalados nas estradas, uma solução onerosa e de alcance limitado, o método integra informações de velocidade e localização de veículos coletadas por aplicativos amplamente usados por motoristas.

Com essa estratégia, é possível monitorar em larga escala a formação de filas, o tempo de atraso e a extensão de congestionamentos, oferecendo dados confiáveis para todo um estado, como Nova York, onde a pesquisa foi aplicada.

Benefícios para motoristas e autoridades de trânsito

A aplicação prática dessa tecnologia pode gerar avanços significativos na gestão de tráfego e na segurança viária. Entre os principais benefícios estão:

  • Resposta mais rápida a acidentes, reduzindo o tempo de bloqueio das vias.
  • Gestão inteligente da fluidez do trânsito, evitando congestionamentos prolongados.
  • Aumento da segurança nas estradas, com menos riscos para motoristas e passageiros.

Colaboração que gera inovação

O projeto foi desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em IA de Transportes (TRAIL), em parceria com o Departamento de Transportes do Estado de Nova York (NYSDOT), uma espécie de equivalente à CET brasileira.

A agência forneceu dados cruciais, participou de reuniões de planejamento e contribuiu com insights práticos que ajudaram a validar os resultados.

Essa colaboração reforça o quanto a união entre instituições acadêmicas e órgãos públicos pode acelerar o desenvolvimento de soluções que impactam diretamente o dia a dia das pessoas.

O futuro da mobilidade inteligente

O método desenvolvido não apenas abre caminho para cidades mais inteligentes e conectadas, como também destaca o papel da inteligência artificial no trânsito como aliada essencial da mobilidade urbana do futuro.

A grande questão que fica é: quando veremos esse tipo de tecnologia aplicada também nas estradas brasileiras?

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