Benefício da CNH gratuita: veja como funciona e quem pode solicitar
Lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro entra em vigor, possibilitando CNH gratuita para condutores de baixa renda.
Conseguir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é o sonho de muitos brasileiros, mas para pessoas de baixa renda, o custo das aulas, exames e taxas pode ser um obstáculo quase intransponível.
Agora, esse cenário começa a mudar. Desde a última terça-feira (12/8), entrou em vigor a lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e cria oficialmente a CNH Social, um programa que oferece a CNH gratuita para quem se enquadra nos critérios de renda e inscrição em programas sociais.
A medida será financiada com recursos federais arrecadados por meio de multas de trânsito, direcionando o valor para a formação de condutores de baixa renda em todo o país.
O objetivo é promover mais mobilidade, oportunidades de emprego e autonomia financeira, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade social.
O que é a CNH Social?
Foto: Shutterstock
A CNH Social tem exatamente a mesma validade e função da CNH paga, incluindo a possibilidade de exercer atividades como motorista profissional. O programa cobre todas as etapas obrigatórias para obtenção da primeira habilitação, como:
- Exames médicos e psicológicos;
- Aulas teóricas e práticas;
- Taxas de provas;
- Emissão do documento final.
Quem tem direito à CNH gratuita
Para participar, o candidato precisa atender aos seguintes requisitos:
- Ter 18 anos ou mais;
- Estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal);
- Possuir renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa na família (R$ 706).
O processo de inscrição e seleção pode variar conforme o Detran de cada estado, sendo necessário acompanhar os editais locais.
Foco em mulheres em vulnerabilidade social
Além de ampliar o acesso à habilitação, o programa tem foco especial em mulheres que enfrentam dificuldades socioeconômicas.
A meta é oferecer maior independência social e inserção no mercado de trabalho, incentivando a emissão da primeira CNH nas categorias A (moto) ou B (carro).
Diferença entre homens e mulheres habilitados no Brasil
Segundo dados do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach), o país tinha, até o mês passado, quase 55 milhões de homens com CNH, contra cerca de 31 milhões de mulheres.
Com a CNH Social, espera-se reduzir essa diferença, ampliando a participação feminina no trânsito e no mercado de trabalho.