Brasil é o mercado para importante da BYD fora da China, diz vice-presidente
BYD supera 100 mil carros elétricos vendidos no Brasil, redefinindo o mercado automotivo nacional.
De vez em quando, o mercado automotivo brasileiro vira de cabeça para baixo, e a BYD parece ter assumido justamente esse papel. A fabricante encerrou o mês ultrapassando 100 mil carros elétricos vendidos no país, um marco que poucos imaginavam ver tão cedo.
Para Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da fabricante, o número não é só estatística: é o sinal de que a marca fincou raízes de vez no cenário nacional.
A virada veio com uma estratégia que mesclou ousadia e variedade. Modelos compactos como Dolphin e Dolphin Mini abriram portas, enquanto opções mais sofisticadas, como Seal e Yuan, reforçaram a percepção de tecnologia e desempenho.
O efeito colateral foi inevitável: montadoras tradicionais se viram obrigadas a reajustar preços e acelerar projetos elétricos para não perder espaço.
Com isso, o mito de que elétricos pertenciam apenas ao topo da pirâmide perdeu força rapidamente. Baldy associa esse movimento diretamente à BYD, que teria impulsionado a mudança cultural e tecnológica no país.
No saldo final, a marca não só vendeu: ela redefiniu expectativas e empurrou o setor inteiro para uma nova fase.
Fábrica na Bahia acelera o ciclo de crescimento
Com a inauguração da fábrica em Camaçari, na Bahia, a BYD acelera a expansão no país. Segundo Baldy, a produção nacional reforça a confiança na marca e encontra consumidores muito abertos à inovação.
Por isso, a empresa projeta alcançar 200 mil veículos em prazo menor que o das primeiras 100 mil unidades.
O executivo relata que dúvidas sobre baterias, carregadores e segurança perderam espaço à medida que a tecnologia se espalha. Nesse sentido, ele cita melhorias na compreensão pública do funcionamento dos elétricos. Além disso, a fabricação local reforça percepções de durabilidade e segurança.
Peso do Brasil na estratégia global
O vice-presidente sênior afirma que o Brasil tornou-se o principal mercado da BYD fora da China. De acordo com ele, o tamanho do mercado interno e o ritmo de adoção explicam a relevância.
Portanto, a operação brasileira ocupa posição estratégica no plano global da montadora.
Baldy avalia que fabricantes tradicionais buscam parcerias com empresas chinesas para ganhos de custo e desenvolvimento. Por outro lado, ele atribui a liderança tecnológica à China a anos de investimentos contínuos em pesquisa e inovação. Assim, fabricantes do país superaram a média global.
Portfólio que puxa a demanda
A combinação de modelos de entrada e de maior valor sustenta o crescimento local. Por exemplo, a estratégia reúne veículos acessíveis e opções mais sofisticadas para públicos distintos. Além disso, o portfólio equilibra volume e imagem de marca.