Brasileiros têm 70% de intenção de compra de carro; média global é 44%
Levantamento mostra que o nível de intenção de compra de automóveis no Brasil é bem superior à média global.
A taxa de intenção de compra de carros no Brasil é de 70%, mostram dados do Índice de Mobilidade do Consumidor elaborado pela consultoria EY. O nível de inclinação dos brasileiros está bem acima da média global, atualmente na casa dos 44%.
O levantamento revela que 64% dos potenciais compradores de carros no país desejam adquirir o veículo em até 12 meses, enquanto 26% pretendem aguardar entre 12 e 24 meses. A pesquisa também mediu o interesse dos consumidores em veículos elétricos, além de avaliar o processo de compra de automóveis.
Mais de 15 mil participantes de 20 países diferentes foram entrevistados para obter os resultados, que ilustram uma maior preferência dos brasileiros por carros particulares, mobilidade compartilhada e veículos de duas rodas do que a média global. A tendência pode ser explicada pelo crescimento do trabalho híbrido, modalidade que combina o home office com idas ao escritório.
Categorias favoritas
Os resultados sobre as preferências dos compradores do Brasil não trouxeram grandes surpresas. Cerca de 37% dos entrevistados disseram que os SUVs são seus favoritos, enquanto 34% dão prioridade para os sedãs. A lista segue com hatchbacks (14%) e picapes (7%).
O ranking global não é muito diferente: SUVs (39%), sedãs (32%), hatchbacks (16%) e picapes (4%).
Destaque para os elétricos
O destaque do levantamento foi a intenção de compra de veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in, que chegou a 57% entre os brasileiros. O volume é 2% superior à média global e pode ser explicado por motivos como o alto preço dos combustíveis e as preocupações com o meio ambiente.
Segundo os dados da pesquisa, os motoristas também citam a eficiência do motor e a melhor capacidade de tração integral. Por outro lado, o investimento da compra inicial, a falta de pontos de carregamento e infraestrutura inadequada são algumas das preocupações dos consumidores.
“Mesmo com todo o crescimento e desenvolvimento do mercado de veículos elétricos e híbridos no país, ainda existe um caminho a ser percorrer para que toda a infraestrutura esteja de acordo com a necessidade dos motoristas”, avalia o sócio da EY, Marcelo Frateschi.