Carro elétrico ou a combustão: qual é mais barato para manter?
Menor volume de peças e outros fatores contribuem para que veículos a bateria tenham uma manutenção mais em conta.
A queda gradativa nos preços dos carros elétricos vendidos no Brasil tem facilitado o acesso do público aos veículos a bateria. O valor da versão EV já está próximo ao das variantes a combustão do mesmo modelo, facilitando a escolha para quem pensa muito no investimento inicial.
No entanto, além do dinheiro gasto na compra, o proprietário também precisa se preocupar com os custos de manutenção. A boa notícia para quem tem um elétrico é que eles são mais baratos de manter do que os produtos movidos a combustíveis.
Isso acontece porque os EVs têm menos peças em seu conjunto mecânico, o que resulta em uma redução de até 30% nos gastos com manutenção.
Enquanto um modelo convencional tem cerca de 350 componentes, um automóvel elétrico carrega aproximadamente 50 partes.
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Menos partes, manutenção mais barata
Um carro a bateria não tem, por exemplo, itens como correias, filtros de combustível, velas, bielas e engrenagens de câmbio, elementos que tornam a revisão mais complicada e completa. O reflexo é um sistema mais barato de manter.
Falando apenas sobre a troca de óleo, a recomendação das fabricantes é a substituição do fluido e do filtro a cada 10 mil quilômetros rodados. Durante a avaliação, o profissional também pode apontar a necessidade de troca de elementos como a vedação do cárter e o filtro de combustível, aumentando ainda mais a conta na oficina.
Um modelo elétrico não demanda serviços como troca de correia, mangueira de combustível e sistema de embreagem, além de ter um desgaste inferior das pastilhas de freio, já que exige menos do sistema. Além disso, sua revisão é mais rápida e menos complicada para quem realiza o serviço.
Outros fatores
O custo energético é outro fator que contribui para a queda no valor da manutenção do veículo elétrico, uma vez que esses modelos aproveitam 90% da eficiência energética disponível. Em um carro a combustão, o aproveitamento é de cerca de 30%, o que gera um custo operacional maior devido ao desgaste do conjunto motriz.
É importante citar ainda a frenagem regenerativa, uma tecnologia que recupera a energia cinética desperdiçada durante a frenagem ou desaceleração e a converte em energia elétrica, armazenada na bateria. Graças a ela, as pastilhas de freio têm uma durabilidade bem maior.
O ponto negativo dos EVs é apenas a bateria, peça que representa o principal custo e ainda é bem cara. A boa notícia é que, em caso de avaria, o proprietário pode trocar apenas os módulos defeituosos.