Carros autônomos: por que manter o volante em veículos sem motorista?
Carros autônomos prometem revolucionar a mobilidade, mas ainda dependem de assistência humana para superar obstáculos imprevistos.
Carros autônomos estão moldando o futuro da mobilidade urbana, prometendo viagens mais seguras e eficientes. Equipados com tecnologia avançada, esses veículos podem se mover sem intervenção humana, mas muitos ainda possuem volantes.
Enquanto o desenvolvimento avança, instituições em todo o mundo, incluindo universidades brasileiras, estão participando da corrida pela autonomia. A colaboração entre a academia e a indústria, como a parceria entre a USP e a Scania, é essencial para aprimorar e testar essas tecnologias.
Com investimentos significativos, como o de R$ 1,2 milhão da Scania no Brasil, os pesquisadores estão transformando modelos como o caminhão G360 em veículos autônomos. Esses projetos revelam o potencial e os desafios ainda a serem superados.
Níveis de automação
A crescente popularidade dos automóveis autônomos tem gerado expectativas em relação à revolução na mobilidade urbana. Essas máquinas, que operam sem a necessidade de um motorista, são equipadas com sofisticados sistemas de controle computacional e sensores avançados.
No desenvolvimento desses produtos, a Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE) classificou os sistemas em cinco níveis de automação.
A maioria dos modelos em circulação hoje encontra-se nos níveis iniciais, que ainda demandam intervenção humana, enquanto o nível 5 representa a autonomia total.
- Nível 1: funções básicas como piloto automático e alertas de faixa.
- Nível 2: sistemas mais avançados, permitindo controle adaptativo de velocidade.
- Nível 3: veículos como o Drive Pilot da Mercedes-Benz operam de forma semiautônoma, mas requerem atenção constante do motorista.
- Nível 4: carros circulam sozinhos em áreas restritas, com intervenção ocasional do motorista em condições adversas.
- Nível 5: a meta de autonomia total, onde o motorista se torna um mero passageiro.
Os desafios da automação completa
Apesar dos avanços, os carros autônomos ainda enfrentam desafios. Em cidades como San Francisco e Las Vegas, empresas como a Waymo dependem de técnicos para solucionar situações complexas em tempo real, demonstrando a necessidade contínua de assistência humana.
Essa dependência do ser humano ajuda a explicar por que a maioria dos modelos ainda não dispensa componentes como o volante.
Carros sem motorista já circulam pelas ruas em vários países, transformando o cenário urbano. Empresas como a Zoox, da Amazon, lideram essa inovação, mas revelam que o caminho para a autonomia total ainda requer apoio humano.
O centro de controle da empresa, por exemplo, emprega dezenas de técnicos para monitorar e guiar veículos remotamente.
Embora a assistência remota seja crucial, ela representa um custo significativo para as companhias e levanta questões sobre a viabilidade econômica dos robótaxis em comparação com serviços tradicionais como Uber e Lyft.
O professor Thomas W. Malone, do MIT, sugere que a presença de um motorista humano ainda pode ser mais vantajosa.
Portanto, mesmo que os veículos autônomos estejam se desenvolvendo rapidamente, eles ainda não são completamente independentes.