Carros poderão ter bafômetro integrado com novas normas de segurança; entenda
Protocolo mais rígido impacta ADAS e inclui até conectores para sensor de álcool.
As montadoras que atuam na América do Sul terão de encarar um salto importante na régua de segurança veicular. A partir de 1º de janeiro de 2026, o Latin NCAP inaugurará um protocolo renovado que pressiona por carros mais inteligentes, eficientes e preparados para proteger ocupantes e pedestres.
O novo conjunto de exigências mira tecnologias emergentes e amplia o peso de sistemas que evitam acidentes antes mesmo que eles ocorram. A mudança coloca a região em sintonia com avaliações globais cada vez mais rigorosas.
Projetos que permitirem a instalação de sensores de álcool ganham vantagem na nota final, mesmo sem obrigação legal. Além disso, itens como detector de ponto cego e alertas de velocidade passam a seguir referências usadas pelo EuroNCAP, consolidando um padrão internacional.
Outra virada está no valor atribuído aos testes de impacto e ao pacote ADAS, agora determinantes para alcançar as cobiçadas cinco estrelas. Com isso, veículos vendidos no continente terão de evoluir em estrutura, eletrônica e prevenção ativa.
Para o consumidor, o resultado tende a ser direto: carros mais seguros e competitivos diante de um mercado global em constante aperfeiçoamento.
Como será a avaliação da segurança automotiva
O novo protocolo entra em vigor em 1º de janeiro de 2026 e evolui gradualmente nos anos seguintes. A média necessária para a nota sobe ano a ano até 2029, o que tornará mais difícil alcançar e manter cinco estrelas. Como resultado, fabricantes e consumidores verão maior diferenciação entre projetos.
O teste de impacto assume papel central e exigirá proteção estrutural mais elevada. Com isso, os projetos precisarão entregar melhor gestão de energia e integridade da cabine em colisões. Ademais, o peso relativo desse ensaio aumentará na composição da pontuação final.
Os sistemas de assistência ativa ganharão protagonismo no cálculo de estrelas. O protocolo favorecerá alertas de velocidade e padronizará os detectores de ponto cego ao crivo do EuroNCAP.
Veículos projetados com conectores para sensores de álcool receberão pontuação extra, ainda que a presença do medidor não seja obrigatória.
Exigências e impacto no mercado
A partir de 2028, quem quiser melhorar a pontuação precisará disponibilizar mais equipamentos de segurança em linha com o volume total de vendas. Conectores para a instalação de bafômetro, por exemplo, podem subir a nota do modelo.
Assim, funcionalidades como frenagem autônoma e sistemas de manutenção e permanência em faixa tendem a aparecer em mais versões. Isso ampliará o acesso às tecnologias.
O novo conjunto de regras pressiona investimentos em engenharia para a América do Sul. Por um lado, ele eleva o patamar de proteção oferecido. Por outro, ele requer planejamento de portfólio para escalar ADAS em volumes compatíveis, sem descaracterizar preços e posicionamentos.
Se as montadoras responderem com rapidez, motoristas na região ganharão em proteção e transparência, enquanto o mercado amadurece tecnicamente.