Caxumba? Carros na China sofrem com ‘calombos’ em meio às altas temperaturas

Bolhas formadas no capô dos veículos resultam da reação das altas temperaturas com as películas protetoras.

Não é segredo para ninguém que a temperatura média global está aumentando com o passar dos anos e a expectativa é que muitos lugares se tornarão inabitáveis em algumas décadas. Os efeitos do calor se apresentaram de forma inusitada nos carros da China.

Os automóveis do país, que é um dos principais emissores de gases de efeito estufa, estão aparecendo com protuberâncias semelhantes ao inchaço causado nos humanos pela doença caxumba.

Esses “calombos” nos veículos chamaram a atenção dos moradores, que começaram a espalhar vídeos e fotos da situação curiosa nas redes sociais. Veja:

O que explica o calombo nos carros chineses?

O aparecimento de protuberâncias na lataria dos automóveis é resultado das temperaturas recordes no país asiático. Quando as películas protetoras das pinturas interagem com o calor excessivo, acabam explodindo.

A China enfrenta uma onda de calor tão severa que os termômetros ultrapassaram os 40ºC em algumas regiões, de acordo com o Centro de Serviço Meteorológico Nacional, o que não acontecia desde 1961. Em junho, sete estações meteorológicas nacionais registraram a temperatura mais alta para o início do mês.

O resultado do clima excessivamente quente foi o aumento da demanda por películas protetoras da pintura, que acabam inflando e criando os “carros grávidos”.

Nissan busca solução para o calor

Em parceria com a Radi-Cool, especialista em produtos de resfriamento radiativo, a Nissan está desenvolvendo uma tinta “fria” para automóveis. O novo produto é feito com materiais sintéticos, os metamateriais, que possuem propriedades inexistentes na natureza.

As características da nova tinta fazem com que o calor seja dissipado do veículo com mais rapidez e eficiência, reduzindo a temperatura da superfície em até 12ºC em relação a outros tipos, o que deixa a cabine até 5ºC mais fria.

A tintura “resfriadora” é desenvolvida desde 2021, mas ainda não está pronta para o uso comercial em larga escala, sobretudo por conta de sua espessura grossa. Porém, ela poderá se tornar em breve uma solução para o calor no interior dos veículos.

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