Certificação de eVTOL da Embraer entra em fase de consulta setorial pela ANAC
Contribuições sobre a certificação do EVE-100 podem ser enviadas até o próximo dia 16; Entenda.
A Embraer se prepara para o lançamento do EVE-100, uma aeronave de propulsão elétrica, de pouso e decolagem vertical. Contudo, antes da aeronave chegar ao mercado, é preciso que se cumpra uma série de etapas para garantir o licenciamento e segurança do meio de transporte.
Nesse sentido, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) abriu, no dia 12 de dezembro, consulta setorial para apresentação de comentários sobre os critérios de aeronavegabilidade estabelecidos para a aeronave.
Para contribuir, é necessário enviar formulário disponível na página Consultas Setoriais até o dia 16 de fevereiro.
EVE-100
O EVE-100 é uma aeronave de propulsão elétrica, de pouso e decolagem vertical, com um peso máximo de decolagem de 2.800 kg. Ele tem capacidade de transporte de quatro passageiros e um piloto.
Com motor elétrico composto por hélice de empuxo horizontal de cinco lâminas, o modelo de eVTOL foi construído com materiais compostos. Na prática, o EVE-100 apresenta tanto características de helicópteros quanto de aviões.
A expectativa é que o seu principal uso seja de destinação às operações da aviação executiva. Tais ações ficam sob o Regulamento Brasileiro de Aviação nº 91, e de taxi aéreo (RBAC nº 135).
Regulamentos
Na prática, enquanto a ANAC não publicar os regulamentos de aeronavegabilidade para aeronaves eVTOL, o caminho para a certificação do modelo EVE-100 ocorrerá a partir do RBAC n° 21 para aeronaves de classe especial.
Em suma, o dispositivo estabelece que para aeronaves da classe especial, há aplicação de parte dos requisitos de aeronavegabilidade contidos nos RBACs vigentes e apontados como apropriados pela ANAC. Este é o caso do EVE-100, por exemplo.
Consulta setorial
Por fim, a ANAC convida pessoas físicas ou jurídicas a contribuírem com a consulta setorial, principalmente aqueles que tiverem interesse no tema. Portanto, a Agência aguarda contribuições de potenciais operadores de aeronaves ou mesmo de pessoas responsáveis por respectivos locais de decolagem e pouso.
Os critérios de aeronavegabilidade e os demais documentos da consulta estão disponíveis na página Consultas Setoriais.