Chuva preta é prejudicial aos veículos? Veja como proteger seu carro
Fenômeno que deve subir para outros estados do país pode representar riscos de prejuízos aos donos de veículos.
A chuva preta, que já atingiu cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, pode causar preocupação em relação aos veículos. Moradores de diversas cidades perceberam o fenômeno, que deve subir o país e atingir mais estados nos próximos dias.
Embora não represente um risco imediato, o efeito causado pela mistura da fuligem das queimadas com a água da chuva pode estar acompanhado de chuva ácida. Esta, sim, é perigosa para carros.
Chuva preta e chuva ácida
Esse fenômeno ocorre quando a fuligem de queimadas, provenientes de incêndios florestais no Brasil e países vizinhos, se mistura às nuvens de chuva. A água não cai preta do céu, mas ao caírem em superfícies como baldes ou piscinas, as partículas de fuligem deixam uma mancha escurecida. Ela não é segura para o consumo humano nem para animais domésticos.
Chuva preta e seus impactos para os carros (Foto: Bilal hanif/Shutterstock)
O verdadeiro risco para veículos ocorre se a chuva preta também for ácida. A chuva ácida se forma quando a água da precipitação se mistura com poluentes industriais, como óxidos de enxofre e nitrogênio, gerados por fábricas e veículos.
“É isso que dá a precipitação ácida. Mas isso é uma acidez que é normal. Isso acontece em Lisboa, acontece em Madri, acontece em Paris. Onde há muita poluição, tem, evidentemente. E São Paulo é bastante poluída por conta do excesso de veículos”, explica o professor Artur de Jesus Motheo, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP.
Embora seja comum em grandes cidades, sua forma mais agressiva pode causar danos à pintura dos carros.
Danos da chuva ácida aos carros
Especialistas alertam que a chuva ácida pode causar corrosão da pintura e danos às palhetas do limpador de para-brisas do veículo.
Sua acidez da chuva pode deixar a pintura opaca e áspera, queimando a superfície do carro.
Embora os vidros sofram menos, as palhetas também podem se desgastar, riscando o para-brisas.
Para proteger seu carro, o ideal é evitar que ele fique exposto à chuva. Além disso, métodos como vitrificação ou cristalização, que custam a partir de R$ 500, criam uma camada protetora na pintura para prevenir os danos causados por chuva ácida, fezes de animais, riscos leves e manchas de chuva comum.
Se os prejuízos já ocorreram, um polimento completo pode custar até R$ 1.800, dependendo da extensão.
Portanto, proteger seu carro contra os efeitos da chuva ácida é mais barato do que consertar depois.