Cinto ou cadeirinha? Saiba como transportar animais no carro com segurança e dentro da lei

Motorista deve observar o que diz a legislação e as recomendações dos veterinários na hora de carregar o pet no veículo.

A segurança dos animais de estimação é uma preocupação dos tutores mais conscientes, principalmente quando o assunto é transportar o pet no veículo.

Seja em uma ida ao veterinário, um passeio na praça ou até em viagens mais longas, a proteção deve estar sempre em foco.

Garantir o conforto e a segurança de gatos e cachorros não é apenas um dever moral, mas também legal. Sem os equipamentos e cuidados corretos, o motorista pode levar multa e vários pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Como transportar um pet corretamente?

O animal deve entrar no carro com peitoral e guia adaptada ou em caixas de transporte individuais (cadeirinhas), que precisam ser fixadas no veículo. Esses equipamentos evitam que o bichinho seja arremessado pelo automóvel e até contra os ocupantes durante uma freada mais brusca.

“É importante o uso de peitoral e não de coleira simples para evitar estrangulamento, lesões na cervical do animal ou enforcamento em caso de frenagens bruscas. E é necessário reforçar que o pet deve estar em uma caixa de transporte presa pelo cinto de segurança ou usando cinto de segurança próprio. Preferencialmente, deve ser transportado na parte central do banco traseiro”, explica Márcio Thomazo Mota, médico veterinário e membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

Outro cuidado é com o local onde o pet será colocado, além do tamanho adequado de coleira para cada porte. Para evitar acidentes, ele não pode ficar com a cabeça para fora da janela e nem ter acesso ao motorista.

“Durante a viagem, nunca o deixe com a cabeça para fora, assim evitará úlcera de córnea e otite, além dos riscos de acidentes com motocicletas”, destaca a médica veterinária Gabriela Giraldi.

Recomendação é evitar que o pet fique com a cabeça de fora do veículo. (Foto: Vineyard Perspective/Shutterstock)

A lei de trânsito não detalha o transporte de animais de estimação, mas prevê que dirigir com o pet no colo ou à esquerda do motorista é uma infração média, punível com multa de R$ 130,16 e quatro pontos na CNH.

Além disso, o CTB diz que os pets não podem ser transportados na parte externa do veículo, nem com a cabeça para fora da janela. Essa é uma infração grave, com multa de R$ 195,23 e cinco pontos na habilitação.

Viagens mais longas

Durante viagens mais longas, a recomendação para o tutor é não alimentar o animal nas três horas anteriores para prevenir enjoos. Também é importante programar paradas para o pet se aliviar e, se necessário, contar com ajuda profissional para receitar medicações específicas.

“Em viagens longas é importante adequar a temperatura do carro para deixar o pet confortável e conferir se o acessório usado para o transporte não está apertado ou folgado demais. É preciso garantir que o filtro do ar-condicionado esteja limpo para não prejudicar a respiração do pet, especialmente se ele for braquicefálico”, destaca Mota.

Os gatos, que costumam ser mais sensíveis, precisam estar em caixas adequadas para seu tamanho e com um sistema de fechamento eficiente para impedir fugas.

“Borrife feromônios sintéticos na caixa 15 minutos antes de alojar o gato ali. Isso ajuda a minimizar o estresse durante o transporte. Use tapetes absorventes, já que, devido ao estresse, alguns animais podem urinar ou evacuar na caixa”, completa Thomazo.

*Com informações de Autoesporte.

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