CNH por R$ 500? Novo modelo elimina autoescolas e reduz custo em até 80%
Com mudanças, retirar a CNH poderá custar apenas R$ 500, eliminando a necessidade de autoescolas e reduzindo custos para os cidadãos.
A redução do custo da CNH nunca esteve tão próxima de se tornar realidade. Após anos de aumento nas tarifas e de enfrentar burocracias intermináveis, tirar a habilitação se tornou um sonho distante para muitos brasileiros, especialmente em grandes capitais, onde o processo pode ultrapassar a marca dos R$ 5 mil.
Mas uma nova resolução do Ministério dos Transportes promete virar esse jogo ao eliminar a obrigatoriedade de escolher uma autoescola (CFC) para as categorias A (moto) e B (carro).
O resultado? A maior queda de preços já registrada no país para quem deseja conquistar a tão aguardada Carteira Nacional de Habilitação.
Quanto vai custar a CNH em 2026?

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A base da redução está em cortar intermediários. Atualmente, cerca de 77% do valor da CNH provém das autoescolas: aulas teóricas presenciais, pacotes obrigatórios de aulas práticas e uso de veículos da instituição.
Com o novo modelo, esse custo praticamente desaparece, já que o futuro condutor pagará somente as taxas estatais obrigatórias.
Usando os valores de São Paulo como referência, o pacote obrigatório ficará assim:
- Exame médico: R$ 122,17
- Avaliação psicológica: R$ 142,53
- Emissão do documento: R$ 133,17
- Prova teórica: R$ 50,90
- Prova prática: R$ 50,90
Total obrigatório: R$ 499,67
Qualquer custo adicional ficará a cargo do candidato, dependendo de se ele deseja — ou não — contratar mais horas de instrução com profissionais independentes.
O que muda no processo da CNH?
A resolução desmonta o modelo tradicional para criar um sistema mais simples, barato e acessível. Veja os principais pontos:
1. Curso teórico totalmente gratuito e online
A antiga carga de 45 horas presenciais deixa de existir. O Governo Federal disponibilizará uma plataforma digital onde todo o conteúdo poderá ser estudado gratuitamente, sem custo e no horário de preferência do aluno.
2. Aulas práticas reduzidas ao essencial
O antigo mínimo obrigatório de 20 horas-aula caiu para apenas 2 horas obrigatórias. O objetivo é permitir que o candidato pratique mais livremente, sem depender de pacotes caros de autoescolas.
3. Instrutores autônomos substituem o modelo tradicional
O candidato poderá contratar instrutores independentes credenciados, ampliando a concorrência e reduzindo preços. A legislação também abre espaço para que familiares habilitados auxiliem no aprendizado, desde que o processo siga as normas de credenciamento.
Quando a CNH sem autoescola começa a valer?
A resolução já recebeu aprovação formal do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e aguarda apenas a publicação no Diário Oficial da União (DOU) para entrar em vigor. Após essa etapa, os Detrans estaduais terão um prazo para adaptar seus sistemas ao novo modelo.
A expectativa é que, até 2026, a chamada “CNH Popular” esteja consolidada em todo o país, tornando o acesso à habilitação mais democrático, embora ainda gere debates entre especialistas em segurança viária e representantes das autoescolas.