CNH sem autoescola? Veja quanto vai custar tirar a habilitação com a nova regra

O processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode ficar muito mais acessível a partir de 2025. O Ministério dos Transportes apresentou uma proposta de lei que permite a obtenção da habilitação sem a obrigatoriedade de frequentar uma autoescola, o que representa uma economia significativa para os futuros condutores.

Atualmente, o custo médio para tirar a CNH gira em torno de R$ 3 mil. Com o novo modelo, esse valor pode ser reduzido para uma faixa entre R$ 750 e R$ 1.000, tornando o documento mais acessível à população.

O que muda com a nova CNH sem autoescola?

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A principal inovação está na flexibilização do processo de formação de condutores. O projeto prevê que o candidato possa se preparar de maneira autônoma, sem a necessidade de se matricular em um Centro de Formação de Condutores (CFC). O objetivo é reduzir custos, simplificar o processo e manter os padrões de avaliação e segurança.

Além disso, mesmo com as mudanças, a estrutura de avaliação será mantida: o candidato ainda precisará ser aprovado nas provas teórica e prática do Detran. A diferença é que, agora, a preparação poderá ser feita de forma mais personalizada e flexível.

Estudo teórico e aulas práticas

O conteúdo teórico poderá ser estudado por conta própria, com materiais digitais fornecidos pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), por meio de aulas presenciais nos CFCs ou via ensino à distância (EAD) em plataformas credenciadas. O candidato escolhe o formato que melhor se adapta à sua rotina e necessidades.

Uma das mudanças mais significativas é o fim da exigência das 20 horas mínimas de aulas práticas de direção. Com isso, o candidato poderá decidir quantas aulas precisa antes de realizar o exame prático, contratando instrutores autônomos credenciados para esse acompanhamento.

Instrutores independentes ganharão espaço

Com a nova regulamentação, instrutores autônomos devidamente cadastrados nos Detrans e formados por cursos autorizados pela Senatran poderão atuar na preparação prática dos candidatos. Essa abertura de mercado pode ampliar a concorrência e oferecer preços mais atrativos aos alunos.

Apesar do apelo econômico e da modernização do processo, a proposta tem gerado debates acalorados, especialmente entre os representantes das autoescolas. Um dos principais argumentos contrários é que a menor exigência de formação obrigatória pode comprometer a segurança no trânsito, aumentando o risco de acidentes.

Por outro lado, o governo reforça que a qualidade da formação será garantida por meio das avaliações obrigatórias e da exigência de credenciamento e capacitação dos instrutores independentes. O foco da proposta, segundo o Ministério dos Transportes, é ampliar o acesso à CNH sem abrir mão da responsabilidade e da segurança.

CNH mais acessível ou risco à segurança?

A nova CNH sem autoescola promete tornar o processo de habilitação mais barato e democrático. Se aprovada, a medida poderá beneficiar milhões de brasileiros que hoje não conseguem arcar com os altos custos para obter sua carteira de motorista.

No entanto, será fundamental acompanhar como essa mudança será implementada na prática, equilibrando acessibilidade com segurança no trânsito.