Colocar óleo de motor para carro em moto dá problema? Entenda as diferenças

Além dos componentes internos responsáveis pela propulsão, suspensão e outras funções, os veículos precisam de produtos como combustível, água desmineralizada e óleo lubrificante. Esse último é de vital importância porque circula pelas engrenagens e permite que o carro funcione corretamente.

Se qualquer produto servisse para essa função, bastaria ao motorista simplesmente buscar um óleo na cozinha de casa, mas não é assim que funciona. Os fluidos são formulados a partir das especificidades de cada motor e possuem características diferentes, sobretudo a viscosidade.

É por isso que um óleo lubrificante para carros não pode ser usado em uma moto, e vice-versa.

Diferenças entre os tipos de óleo

Os carros fabricados pela Honda até 2013 usam o fluido de viscosidade 10W-30, a mesma indicada para as motos 160 atuais da marca. A questão é que o produto não é o mesmo: cada um é composto por determinados aditivos químicos. Além disso, o caminho que o óleo percorre em cada veículo é diferente.

“As motocicletas, principalmente as de baixa cilindrada, costumam usar o óleo para lubrificar não só o motor, mas também a embreagem. Dessa forma, é necessário que elas utilizem o óleo especificado para elas”, diz Arley Barbosa, coordenador da Comissão Técnica de Lubrificantes da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

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Já nos carros, existe um lubrificante específico para o motor e outro para a transmissão. Portanto, se o proprietário insiste em utilizar um óleo inadequado para seu tipo de veículo, pode ter problemas sérios com desgaste excessivo e quebra de componentes internos. No caso das motos, isso ainda pode provocar danos ao câmbio, que não receberá a lubrificação correta.

Também vale citar que a falta dos aditivos corretos para o tipo específico de motor pode gerar borra e acúmulos de sujeira no motor, o que reduz a vida útil das peças e aumenta o consumo de combustível.