Colocou combustível adulterado no carro? Veja o que fazer antes que seja tarde
Saiba identificar sinais de combustível adulterado e as ações necessárias para proteger seu carro e seus direitos.
Abastecer o carro é uma rotina diária para muitos motoristas, mas pode se transformar em um problema sério quando o combustível adulterado entra no tanque.
Essa prática ilegal prejudica o motor do veículo, aumenta os custos de manutenção e pode até colocar em risco a segurança do motorista e de terceiros.
O grande desafio é que os sinais de adulteração podem surgir logo após sair do posto, e muitos condutores não sabem como agir de forma adequada.
Como identificar combustível adulterado e proteger seu carro de danos graves
A boa notícia é que, quando detectados a tempo, os danos podem ser minimizados. Reconhecer os sintomas e seguir um passo a passo de segurança é essencial para proteger o veículo e garantir respaldo legal. Confira abaixo:
Passo 1: fique atento aos sinais imediatamente
Sintomas como perda de potência, falhas na aceleração, ruídos estranhos ou consumo elevado logo após o abastecimento podem indicar combustível adulterado.
“Em veículos a gasolina, é comum perceber hesitação ao acelerar ou falhas na partida. No diesel, a fumaça excessiva e a vibração do motor são sinais de alerta”, explica Clayton Zabeu, professor de engenharia mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia.
Nos carros flex, a identificação é mais difícil, já que o sistema eletrônico ajusta automaticamente a mistura de combustíveis.
Passo 2: evite rodar com o veículo
Continuar dirigindo com combustível adulterado pode causar danos graves. Misturas com solventes ou baixa octanagem podem provocar pré-ignição ou batida de pino, afetando pistões, válvulas e outros componentes.
Em casos mais graves, o recomendado é acionar um guincho e evitar qualquer esforço extra no motor, prevenindo danos catastróficos.
Passo 3: leve o carro a uma oficina de confiança
Na oficina, o mecânico pode esgotar o tanque, coletar amostras e analisar parâmetros como densidade, cor e aspecto do combustível.
Muitas vezes, apenas a substituição do combustível já resolve o problema, mas se houver dano nos bicos injetores ou na bomba, será necessário reparo mais aprofundado.
Passo 4: registre provas do abastecimento
Guardar a nota fiscal é essencial. Ela comprova local, data e quantidade abastecida, servindo como base para cobranças, ressarcimentos ou denúncias.
Passo 5: denuncie o posto irregular
A venda de combustível adulterado é crime. O motorista pode acionar a ANP pelo telefone 0800 970 0267 ou pelo site oficial, além de recorrer ao Procon. A legislação prevê multas, interdição de bombas e até cassação da licença do posto.
Como evitar problemas no futuro
Além do risco para o carro, alguns solventes utilizados na adulteração são tóxicos, podendo causar intoxicação e contaminação ambiental.
Algumas medidas ajudam a reduzir o risco: abasteça em postos de confiança, mantenha regularidade no local, desconfie de preços muito baixos e sempre exija nota fiscal.
“Mesmo em postos conhecidos, a constância é uma forma prática de se proteger”, alerta Zabeu.
Tomar medidas rápidas ao identificar sinais de combustível adulterado pode salvar o motor, evitar gastos altos e proteger a segurança e o meio ambiente.
*Com informações Autoesporte
