Como a Fiat consegue cobrar um preço tão competitivo pela Titano? Entenda o segredo

Primeira picape média da marca no Brasil tem versões de cabine dupla com preços bem abaixo das suas principais rivais.

A Fiat Titano estreou no Brasil, causando incômodo na concorrência e surpreendendo os compradores, que se impressionaram com os preços competitivos da nova picape média italiana. As três versões com cabine dupla do modelo custam de R$ 219.990 a R$ 259.990, bem abaixo das rivais Toyota Hilux e Ford Ranger.

O valor inicial das duas concorrentes até se assemelha à faixa citada, mas ambas podem custar mais de R$ 330 mil nas versões topo de linha. A esportiva Ranger Raptor é um caso à parte e não sai por menos de R$ 448 mil.

O que muitos querem saber é: como a Fiat consegue praticar um preço tão competitivo?

Picape ‘velha’ que virou nova

Para explicar a decisão, é preciso voltar à Peugeot Landtrek, modelo no qual a Titano é baseada. O lançamento da caminhonete francesa, lançada na China como Kaicene F70, chegou a ser cogitado em 2020, quando as montadoras mundiais ainda não haviam se unido em grupos como PSA e FCA.

Em meio a um cenário de sucesso das picapes compactas Strada e Toro, o grupo Stellantis decidiu que a Fiat teria espaço para uma nova picape média no Brasil, deixando de lado a ideia de lançar a novidade pela Peugeot. Para adaptar a Landtrek ao mercado brasileiro, bastou trocar os logotipos da marca e incluir um motor 2.2 turbodiesel de 180 cv.

Um dos principais motivos para o preço mais enxuto é justamente essa longa trajetória até chegar na Titano, uma vez que a picape tem basicamente cinco anos de mercado. Ela pode até ser considerada “velha” perto das concorrentes, já que usa direção hidráulica e quase não possui equipamentos de auxílio à condução presentes nas outras.

Esse processo de adaptação de uma caminhonete que já existe reduziu os custos para a Fiat, permitindo que a montadora ofereça todas as versões com preços menores.

Também vale citar o baixo custo de produção, uma vez que a maioria dos componentes vem da China e a montagem é finalizada no Uruguai, onde não há imposto de importação do veículo final.

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