Como revender carros elétricos? Desvalorização é maior?
Preço de revenda é apenas um dos aspectos que a maioria dos compradores avalia na hora de comprar um carro novo.
A decisão de comprar um carro novo passa por uma análise complexa que vai desde o preço do modelo até o tipo de motorização, passando pelo consumo de combustível e a desvalorização na revenda. Este último é um tópico que preocupa especialmente os donos de automóveis elétricos, que ainda são uma novidade no mercado.
Como ninguém quer perder dinheiro, o motorista que tem planos de comprar um veículo a bateria deve questionar: quais os desafios na revenda de um elétrico? Será que a desvalorização acompanha a mesma média dos produtos a combustão? Trouxemos respostas para essas perguntas.
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Revenda de carros elétricos
O processo tem sido bastante similar à revenda dos modelos a combustão, mas existem algumas particularidades. A negociação de um carro elétrico é um processo um pouco mais complexo, já que a avaliação também foca na saúde da bateria, além de pontos convencionais como histórico de manutenção.
Assim como em qualquer veículo usado, é interessante realizar uma limpeza profunda e pequenos reparos antes de oferecê-los aos potenciais compradores. A venda ocorre por meio de concessionárias, plataformas online específicas ou marketplaces, sendo indicado para o vendedor oferecer a possibilidade de testes de direção ao cliente.
De maneira geral, a revenda de um elétrico segue basicamente as mesmas etapas da de um carro a combustão, exceto que a saúde da bateria conta muito mais. Esse critério, inclusive, é um critério importante para ditar a desvalorização.
Desvalorização
A depreciação dos automóveis a bateria também varia conforme o modelo e a condição, mas eles tendem a perder valor mais rapidamente nos primeiros anos. Isso está ligada ao avanço tecnológico acelerado, que leva à adoção de novas tecnologias e até atualizações mais frequentes do carro.
Também vale mencionar os incentivos fiscais oferecidos em alguns mercados, que indiretamente interferem no valor de revenda.
Porém, o grande ponto é a bateria. O componente mais importante de um carro elétrico perde a capacidade de reter carga com o passar do tempo, o que reduz a autonomia do veículo. Por isso, sua degradação e o alto custo de substituição são uma preocupação para os clientes.
Pesquisas apontam que um automóvel elétrico desvaloriza entre 20% a 30% no primeiro ano de uso e entre 50% a 60% após três anos, podendo haver variações de marca, modelo e mercado. A título de comparação, o modelo a combustão que mais perdeu valor em 2023 foi o Chevrolet Tracker, que depreciou 19,08%.
Além disso, cabe mencionar que a vida útil das baterias de carros elétricos varia de 8 a 15 anos ou cerca de 150 mil a 200 mil km. Após essa marca, a queda de capacidade fica mais significativa.