Você também faz assim? Por que o ‘P’ e ‘N’ do câmbio automático são usados incorretamente?

Carros com câmbio automático já representam quase metade dos veículos novos vendidos no Brasil; Saiba se você opera o câmbio da maneira correta.

Os carros com câmbio automático tomam conta do mercado automobilístico brasileiro, facilitando a vida do condutor, ao trazer mais conforto no guiar. Contudo, embora a transmissão automática exista para simplificar a vida, ela tem os seus macetes. Por isso, alguns erros comuns, mas facilmente evitáveis, são capazes de causar graves danos com o passar do tempo.

Para que isso não ocorra com o seu carro, separamos algumas dicas para quem está inciando no mundo dos automáticos. Confira orientações que evitarão visitas ao mecânico.

1- Selecionar “P” ou “R” com o carro em movimento

Na pressa, durante uma manobra, é comum o condutor selecionar a opção “R” (ré) com o veículo ainda em movimento. Isso também ocorre ao acionar “P”(estacionamento) antes de parar o carro completamente. Mesmo que isso ocorra em baixa velocidade, com o tempo a ação danifica os componentes de transmissão automática como, por exemplo, as engrenagens.

O risco é maior em câmbio mais antigos, uma vez que os modelos mais recentes possuem controle eletrônico que impede de acionar a ré ou posição de estacionamento enquanto o veículo ainda se movimenta.

2- Colocar câmbio em neutro ao parar no semáforo

O hábito vem do uso do câmbio manual, quando o motorista deixava o carro no ponto morto ao parar no semáforo ou em congestionamentos. No câmbio manual, a prática preserva o pedal da embreagem. Contudo, nos modelos automáticos, a recomendação é manter o câmbio na posição “D” e o pé no freio.

3- “Segurar” o veículo na lomba com acelerador

Quando se trata de carros manuais, muita gente tem o hábito ruim de manter o veículo parado no aclive a partir do controle dos pedais de embreagem e acelerador. A prática antecipa a troca da embreagem.

Tratando dos automáticos, eles também são capazes de permanecer parados na lomba sem a necessidade de o condutor acionar os freios. Isso porque, dependendo da inclinação da via, a marcha lenta já “segura” o carro. A prática esquenta o óleo de transmissão e aumenta o consumo de combustível sem necessidade. Portanto, o ideal é manter o pé no freio quando o carro estiver parado, independente da inclinação da rua.

4- Fazer o motor pegar ‘no tranco’

Em casos em que ocorre o arriamento da bateria, em veículos com o câmbio manual, a saída é fazer o motor pegar “no tranco”. Em outras palavras, ligar a chave de ignição, engatar a segunda marcha, empurrar o carro e soltar suavemente o pedal de embreagem. A tática pode, inclusive, romper a correia dentada e até danificar válvulas.

Nos carros automáticos, a prática deve ser evitada. Nestes casos, se posiciona o seletor em “N” e coloca em “D” ou “2” quando o veículo estiver a 20 km/h. Com isso, o motor deve ligar. Porém, o ideal mesmo é realizar a “chupeta” ou recarregar a bateria utilizando um aparelho específico para este fim.

5- Dirigir sem revisão periódica no câmbio

Muitos motoristas acreditam que não é preciso realizar manutenção preventiva no câmbio automático. Tal prática pode, na verdade, gerar muitos prejuízos. Isso porque, a transmissão automática tem em sua composição engrenagens e peças que precisam de lubrificação.

Se, durante as revisões do veículo, o óleo do câmbio apresentar uma aparência escurecida, pode ser um sinal de que aquele produto já não possui as características necessárias de lubrificação.

Trancos na troca de marchas são apenas um dos sinais de que pode haver problemas com o óleo. Outro sintoma é a transmissão ‘patinar’, ou seja, ao acelerar, o carro demora alguns instantes para tracionar as rodas.

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