Conserto de carro elétrico batido pode custar até R$ 8,7 mil a mais, pesando no bolso

Automóveis elétricos são mais caros de consertar, mas as chances de retorno às ruas são maiores.

Não é tão raro ver um carro elétrico pelas ruas do Brasil como era antigamente, o que mostra que a venda de modelos a bateria está crescendo no país. Veículos com essa motorização possuem vantagens como o menor gasto para rodar e custos de manutenção reduzidos, mas também têm algumas desvantagens.

Embora tenham menos peças que as versões a combustão, os carros elétricos são uma tecnologia nova que ainda está em desenvolvimento. Por isso, as despesas com seu reparo podem ser mais altas após uma batida.

Segundo relatório da Mitchell International, empresa de seguros dos Estados Unidos, os custos com um EV em caso de colisão realmente são superiores aos de um modelo com motor de combustão interna. Por outro lado, as chances de conserto são maiores.

Por que é mais caro consertar um elétrico?

O levantamento da seguradora aponta que, nos “casos de gravidade média em veículos reparáveis, os custos dos elétricos continuam superando os dos carros a combustão”. Nos EUA, a diferença de valor chegou a US$ 963 (cerca de R$ 5,2 mil) no segundo trimestre de 2023.

Esse número aumenta ainda mais para carros da marca Tesla, chegando a US$ 1.589 (aproximadamente R$ 8.700) para os norte-americanos. Em média, o reparo de batidas em carros elétricos exige 90,75% de peças originais de fábrica (OEM), enquanto nos veículos a combustão interna essa exigência é de 66,50%.

Além disso, os EVs possuem 13,49% de peças reparáveis, contra 19,20% nos modelos a combustão. O tempo de repintura de um automóvel a bateria é de cerca de 8,51 horas, acima das 8,02 horas gastas com os carros convencionais.

Tesla batido (Foto: Reprodução)

Mais chances de conserto

Apesar do cenário mais desafiador, os carros elétricos têm como vantagem a maior probabilidade de continuarem funcionando após um acidente, resultado de seu sistema de propulsão relativamente simples.

O conjunto que equipa um EV torna as colisões frontais menos catastróficas do que nos automóveis movidos a combustão interna. No entanto, as batidas traseiras são mais desastrosas para os elétricos, considerando que os elementos principais do sistema de propulsão ficam localizados nessa parte.

A tendência é que a expansão da eletrificação veicular promova o aumento da produção de componentes e reduza seus custos nos próximos anos. A paridade com os carros a combustão, no entanto, ainda é algo distante.

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