Consumo, custo e uso: verdades e mentiras sobre o câmbio automático

Mesmo com a popularização da transmissão automática, muitos motoristas ainda se baseiam em mitos sobre o componente.

Uma das tecnologias que vem se tornando popular nos carros nos últimos anos é o câmbio automático, hoje presente em cerca de metade dos carros novos vendidos no Brasil. Ele traz um conforto ímpar para o motorista, que não precisa se preocupar com a constante troca de marchas e o acionamento da embreagem.

O problema é que muitos condutores ainda se baseiam em mitos sobre a transmissão automática, por isso, utilizam o sistema de forma incorreta e até prejudicial. Para acabar com essas dúvidas e ensinar a utilizar o recurso de forma correta, selecionamos alguns mitos e verdades sobre o assunto.

Mitos e verdades sobre o câmbio automático

Confira as afirmações comuns sobre o sistema e a explicação para cada uma delas:

Troca é mais rápida

Verdade, as trocas feitas pelos câmbios automáticos realmente são mais rápidas, próximas até dos automatizados de dupla embreagem. O sistema realiza a mudança sem interromper a entrega de torque para as rodas, o que diminui o tempo de aceleração.

Consumo de combustível aumenta

É um mito. A transmissão desse tipo é bem mais eficiente hoje do que há alguns anos, permitindo trocas mais rápidas e melhor aproveitamento da curva de torque. Os sistemas antigos realmente elevavam o consumo, mas os atuais mantêm-no baixo em marchas reduzidas.

Outra questão é que diversos carros possuem mais marchas, até dez em alguns casos, como no Ford Mustang e no Chevrolet Camaro 2018. Isso também ajuda a manter as rotações em um nível próximo do ideal.

Dura mais

A vida útil de alguns câmbios automáticos chega até 300 mil quilômetros, e raramente há necessidade de substituir peças antes dos 150 mil km. Então, a resposta é sim: ele realmente dura mais.

Conserto é mais caro, mas quebra menos

Mais uma verdade: esse tipo de câmbio apresenta problemas com uma frequência bem menor, mas o reparo costuma custar mais, já que o sistema é mais complexo. Para se ter uma ideia, o valor pode variar de R$ 4 mil a R$ 30 mil, dependendo do defeito.

Neutro deve ser usado nas paradas

Mentira. Não é preciso acionar a posição “N” em qualquer parada, embora isso ajude a economizar um pouco de combustível em alguns carros. No entanto, os modelos mais atuais já ativam a função automaticamente quando o veículo está parado por algum tempo. Outros possuem o sistema start-stop, que desliga o motor automaticamente.

Pode dispensar o freio de estacionamento

Nada disso. A função “P” liga uma trava mecânica que impede a rotação das rodas de tração do carro, auxiliando o freio de estacionamento e evitando que ele se movimente. Porém, não é o freio de estacionamento e nem possui a mesma eficácia, o que significa que ele também precisa ser acionado.

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