Cor pode valorizar (ou desvalorizar) carro na revenda; veja as melhores opções
Pesquisa mostra como a relação entre a oferta e a demanda por determinadas tonalidades influencia o mercado de usados.
Mais de 80% da frota brasileira de carros é composta por modelos das cores branco, preto e cinza ou prata, tendência facilmente perceptível em qualquer lugar. Para fugir dessas regras, algumas montadoras criam tonalidades inéditas, embora os veículos com essa particularidade ainda sejam minoria.
Um estudo do marketplace iSeeCars apontou que a cor do automóvel influencia no seu valor de revenda após três anos de uso. A pesquisa foi realizada a partir de mais de 1,6 milhão de transações realizadas no site e detectou que tons “diferentes” são bem quistos pelos compradores.
Carro colorido vale mais?
O levantamento aponta que carros na cor amarelo brilhante valem em média US$ 3 mil (cerca de R$ 16 mil) a mais do que veículos semelhantes em tons populares, como cinza, prata e preto.
Segundo Karl Brauer, analista executivo da iSeeCars, a explicação é a “disparidade entre quantos são produzidos e quantas pessoas querem um”.
“Embora poucas pessoas queiram um carro amarelo, claramente há mais pessoas que querem um do que a oferta, e é por isso que o amarelo tem um desempenho tão bom no mercado secundário. O mesmo pode ser dito sobre laranja e verde, cores que você não vê com frequência, mas obviamente têm maior demanda do que oferta”, pontua.
Porém, pode existir alguma variação dependendo do segmento de mercado. Os SUVs, conversíveis e cupês mais valorizados são da cor amarela, mas as picapes seminovas ganham mais valor quando pintadas de bege.
O marrom é o que mais agrega valor aos sedãs na revenda, enquanto o verde é o destaque entre as minivans.
A partir do estudo, é possível dizer que cores mais “chamativas” não fazem o carro perder valor, muito pelo contrário: elas tornam o exemplar mais desejado em detrimento dos tons mais conservadores.
Imagem: Shutterstock
Tons que menos depreciam
Como estamos falando de uma tendência de mercado, é possível que os resultados do estudo tenham que ser atualizados em poucos anos. Contudo, falando dos dias atuais, o amarelo é a cor que mantém o veículo com melhor valor com o passar do tempo.
Confira a desvalorização média de cada tonalidade após três anos, observadas pela pesquisa:
- Amarelo (-13,5%)
- Bege (-17,8%)
- Laranja (-18,4%)
- Verde (-19,2%)
- Vermelho (-20,6%)
- Branco (-21,9%)
- Azul (-22,0%)
- Cinza (-22,5%)
- Roxo (-22,7%)
- Prata (-23,2%)
- Preto (-23,9%)
- Marrom (-24,0%)
- Dourado (-25,9%)
Em 2021, cerca de 40% dos carros fabricados na América do Sul eram brancos, seguidos pelos tons prata (17%), cinza (16%) e preto (14%). A popularidade dos veículos vermelhos ficou menor, caindo de 9% para 6% entre 2015 e 2021.