Crise dos elétricos? Volvo anuncia demissão de milhares de funcionários

Volvo demitirá 3 mil funcionários devido à queda na demanda por veículos elétricos, afetando 15% da força de trabalho global.

A Volvo Cars, gigante automotiva sueca, divulgou um plano de reestruturação nesta segunda-feira, 26 de maio de 2025. A empresa anunciou a demissão em massa de três mil funcionários, um movimento estratégico motivado pela recente queda na demanda por veículos elétricos.

O corte de empregos afeta principalmente a Suécia, sede da companhia, mas se estenderá por diversas regiões.

A Volvo, que prometeu fabricar exclusivamente veículos elétricos até 2030, agora enfrenta o desafio de ajustar suas operações devido às mudanças no mercado. O impacto da diminuição na procura por carros elétricos resultou na necessidade de cortar custos e otimizar o fluxo de caixa.

Como parte dessa estratégia, a montadora planeja economizar 18 bilhões de coroas suecas, cerca de R$ 10 bilhões.

Impacto global das demissões

A reestruturação afetará 15% da força de trabalho global da Volvo. Na Suécia, onde está localizada a sede, mais de dois mil postos de trabalho serão eliminados, incluindo mil ocupações de consultores.

As demissões também ocorrerão em outros locais ao redor do mundo onde a marca mantém operações.

O processo de reestruturação da marca sueca exigirá um investimento de 1,5 bilhão de coroas suecas, aproximadamente R$ 900 milhões.

Os resultados financeiros dessa reestruturação devem começar a ser observados no segundo trimestre de 2025 e continuarão influenciando ao longo de 2026.

Contexto do mercado mundial de veículos elétricos

Recentemente, o mercado de veículos elétricos enfrentou um revés nos Estados Unidos. Um projeto de lei, aprovado na Câmara dos Deputados norte-americana, busca revogar subsídios e incentivos federais para a indústria de carros elétricos.

Caso sancionada pelo presidente Donald Trump, essa legislação removerá créditos fiscais oferecidos para a compra e produção desse modelo, além de encerrar subsídios à instalação de estações de recarga e incentivos à mineração e fabricação de baterias.

Essas medidas representam um retrocesso significativo para o setor, adicionando ainda mais desafios a um mercado já em transformação.

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