Cuidado ao abastecer: Inmetro identifica 26 fraudes em bombas de combustível

Inmetro fiscaliza bombas de combustíveis e identifica 26 irregularidades em nove postos.

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) reforçou a fiscalização de bombas de combustíveis no Distrito Federal e em Goiás. Em apenas algumas horas, as equipes identificaram 26 irregularidades em nove postos, dentro do Programa Nacional de Combate às Fraudes Eletrônicas (Profae).

O balanço parcial revelou que 26 dos 50 bicos inspecionados apresentaram problemas. Entre as irregularidades, o órgão apontou vazamentos internos nas bombas e suspeitas de manipulação em placas eletrônicas, que foram encaminhadas para perícia em laboratório.

A ação faz parte de um esforço contínuo do Inmetro para garantir a precisão das medições e coibir fraudes, protegendo os consumidores e reforçando a confiança nos serviços de abastecimento de combustíveis.

Operação e resultados

Desde as 8h30 da última terça-feira (21/10), as equipes iniciaram visitas a dezenas de postos para checar modelos de bombas, funcionamento, conservação e selagem.

Em seguida, os agentes avaliaram possíveis manipulações eletrônicas em campo. Assim, eles confirmaram ocorrências compatíveis com as denúncias sobre adulterações via aplicativos e dispositivos.

Por volta das 12h30, a operação contabilizou nove postos fiscalizados no Distrito Federal e em Goiás. A partir dessa ação, o Profae avança para garantir concorrência leal no setor e reforçar a proteção ao consumidor, com foco no fortalecimento da fiscalização metrológica em todo o país.

Como ocorreu a perícia nas placas

Diante de indícios de fraude, os técnicos removeram placas eletrônicas de bombas com anomalias e encaminharam os componentes ao laboratório do Inmetro.

Segundo Márcio André Oliveira Brito, presidente do instituto, a checagem verifica se a quantidade de combustível entregue ao consumidor corresponde ao que o visor e o pagamento indicam.

Sanções e próximos passos

Em caso de irregularidade confirmada, o Inmetro aplicará penalidades previstas em lei, com multas que podem chegar a R$ 1,5 milhão. Além de punir, a iniciativa desestimula práticas desleais e fortalece a confiança do consumidor nas medições de combustíveis.

A operação reuniu especialistas de diferentes órgãos para ampliar o alcance e a credibilidade das evidências. Além do Inmetro, atuaram servidores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e das polícias Civis do Distrito Federal e de Goiás.

Nos próximos meses, as equipes também vão fiscalizar oficinas de reparo e manutenção para identificar irregularidades estruturais ou eletrônicas que alimentem fraudes. Os relatórios técnicos do dia embasarão futuras ações regulatórias, consolidando padrões de medição e de integridade dos equipamentos.

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