Cuidado! Criminosos estão roubando componentes ‘simples’ do motor

Novo modo de operação dos ladrões de peças automobilísticas desafia a segurança urbana e desperta necessidades de cuidados extras.

Em um cenário crescente de furtos veiculares, uma nova prática criminosa tem se destacado no Brasil. Os ladrões miram componentes internos dos motores, como radiadores e ventoinhas, um tipo de crime que já era comum em grandes centros urbanos brasileiros, mas agora ganha intensidade.

Esses acessórios, essenciais ao funcionamento dos veículos, são alvos por sua alta demanda no mercado clandestino. Com a facilidade de acesso ao capô de modelos mais antigos, os criminosos atuam em locais pouco movimentados, geralmente à noite, evitando confrontos.

Flagrantes de câmeras de segurança, como o ocorrido em 2023 com um Fiat Siena em São Paulo, evidenciam a tranquilidade dos ladrões ao realizarem os furtos. A combinação entre o tempo reduzido de ação e a falta de segurança pública potencializa essa prática criminosa.

Mercado clandestino de peças e dificuldades de rastreamento

A revenda de peças no mercado ilegal é facilitada pela ausência de identificação nos componentes dos veículos. Diferente de aparelhos eletrônicos, itens como radiadores e ventoinhas não possuem numeração de série, o que dificulta a tarefa das autoridades de rastrear sua origem.

Criminosos vendem as peças furtadas para oficinas mecânicas ou diretamente para consumidores via plataformas online como OLX e Mercado Livre. Em alguns casos, as peças são trocadas por drogas, aumentando a complexidade do combate a esse crime.

Embora o radiador e a ventoinha possam ser trocados com certa facilidade em oficinas, o gasto com a reposição nem sempre é baixo, principalmente se os itens forem originais. O custo de troca frequentemente é menor que o valor da franquia do seguro, o que leva os proprietários a arcarem com ele.

Medidas de proteção e prevenção

Especialistas recomendam aos motoristas estacionar em locais bem iluminados e movimentados para se proteger do crime. Instalar sistemas de alarme que acionem ao abrir o capô é mais uma medida que pode inibir a ação criminosa, chamando atenção para o furto em andamento.

Travas de segurança adicionais no capô são outra alternativa para dificultar o acesso. Apesar de não garantirem total proteção, aumentam o tempo necessário para concluir o furto e podem desmotivar o criminoso a continuar.

Mesmo diante da baixa resolução desses casos, é essencial que as vítimas registrem boletins de ocorrência para permitir à polícia identificar áreas mais vulneráveis e redirecionar esforços, visando prevenir, investigar e reduzir tais crimes.

O relatório das ocorrências auxilia no mapeamento das regiões mais afetadas, colaborando para um planejamento mais eficaz das ações de segurança pública.

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