Depois da BYD, mais uma marca chinesa planeja produção no Brasil
Marca planeja lançar operações no Brasil em 2025, com investimento de R$ 6,9 bilhões.
Novos carros chineses devem ser fabricados no Brasil em breve, conforme sinalizou a GAC Motor, que prepara sua estreia no Salão do Automóvel 2025, em São Paulo. A montadora negocia para produzir em Catalão (GO) em parceria com a HPE, que representa Mitsubishi e Suzuki.
O acordo ainda não foi formalizado, mas segue padrões já utilizados por outras fabricantes internacionais no país. O plano combina tecnologia, escala industrial e adaptação ao mercado brasileiro.
Com quase 70 anos de experiência, a GAC busca não apenas produzir, mas também conquistar consumidores interessados em inovação, design e desempenho automotivo.
A companhia usa o Salão do Automóvel 2025 como palco de apresentação ao público brasileiro. Assim, pretende aproveitar a feira para detalhar planos e calibrar expectativas com a rede parceira.
Parceria com a HPE e polo goiano
A negociação envolve a HPE, que representa a Mitsubishi e a Suzuki no Brasil, e mira a unidade de Catalão (GO).
As empresas mantêm discrição e ainda não confirmaram oficialmente a aliança industrial. Mesmo assim, fontes indicam uma operação inspirada em acordos como o de Renault com Geely.
A GAC projeta uma capacidade de aproximadamente 50 mil carros por ano no país, o que insere uma escala competitiva na largada. Além disso, planeja investir cerca de R$ 6,9 bilhões até 2029 para consolidar o produto, a manufatura e a rede. Assim, o cronograma financeiro sustenta a alavancagem e a nacionalização.
Primeiro produto a sair das linhas
O primeiro veículo escolhido para a produção brasileira será o novo GS3, um SUV compacto com foco urbano. A marca pretende revelar o modelo durante a feira na capital paulista, reforçando a chegada. Ele lidera a ofensiva de mercado e baliza o posicionamento de preço e conteúdo.
Inicialmente, a operação tende a adotar o regime CKD, com kits desmontados importados da China. Dessa forma, a GAC mitiga riscos, controla custos e acelera a industrialização no Brasil.
Enquanto isso, a engenharia local prepara nacionalizações progressivas à medida que o volume e os fornecedores se consolidam.
Foto: Divulgação/GAC Motor
O movimento da GAC amplia a presença chinesa no Brasil e pressiona a concorrência em SUVs compactos. Entretanto, a confirmação formal do acordo com a HPE permanece como passo decisivo. Com isso, a feira em São Paulo ganha peso estratégico para anúncios e definição de prazos.
