Durabilidade dos motores de carros elétricos: o que sabemos até agora?
Estudos buscam determinar a longevidade real dos motores elétricos, enquanto especialistas destacam sua superioridade em relação aos motores a combustão.
A longevidade dos motores de carros elétricos ainda é um mistério a ser desvendado. Embora especialistas concordem que eles duram mais, a durabilidade exata ainda não foi determinada. A simplicidade mecânica e a ausência de peças desgastantes são fatores que aumentam sua vida útil.
Os motores elétricos não sofrem com problemas típicos de motores a combustão, como carbonização e desgaste por atrito. Essa característica resulta em menor necessidade de manutenção. As únicas peças móveis são os rotores, o que contribui para sua durabilidade.
Apesar das vantagens, a pergunta sobre a vida útil específica dos motores elétricos ainda não tem uma decisão definitiva. No entanto, um estudo da Universidade de Esslingen, na Alemanha, pode trazer respostas nos próximos anos.
Pesquisas em andamento
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O estudo da Universidade de Esslinger, localizado próximo a Stuttgart, visa determinar a vida útil exata dos motores elétricos. Com um orçamento de € 436.600 (algo em torno de R$ 2,8 milhões), conta com o apoio de empresas automotivas como BMW e Volkswagen.
A expectativa é que os primeiros resultados sejam apresentados em três anos. Enquanto isso, acadêmicos já apontam o magneto, componente chave feito de neodímio, como parte resistente. Ele mantém 85% de seu poder magnético mesmo após 300 anos.
A substituição de componentes como os rolamentos, feitos de aço de alta resistência, é viável e economicamente acessível. Comparativamente, motores a combustão também necessitam de manutenção semelhante, mas com maior frequência.
Baterias como desafio
A durabilidade dos motores elétricos não é o único aspecto a ser considerado. Os desafios estão mais relacionados à vida útil das baterias. Fabricantes estimam uma durabilidade mínima de 10 anos ou 240 mil quilômetros, mas a substituição é cara.
- Vida útil mínima: 10 anos ou 240 mil km;
- Custo de substituição: acima de R$ 15 mil;
- Investimentos em: baterias de 20 anos ou 1 milhão de km.
Assim, muitos fabricantes trabalham para aumentar a longevidade das baterias ou optam por tecnologias alternativas, como células de hidrogênio, para eliminar esse obstáculo.
A expectativa é que estudos contínuos e inovações tecnológicas tragam clareza sobre a durabilidade dos motores elétricos e avanços significativos no setor automotivo. Os carros elétricos já demonstram superioridade em relação aos motores a combustão em termos de manutenção e durabilidade.