Em acidentes com carros de luxo, por que perda TOTAL dos veículos é tão comum?
Superesportivos de marcas famosas frequentemente são dados como perda total após um acidente. Mas por quê?
Os carros de luxo têm sido citados com muita frequência nos noticiários por um péssimo motivo: seu envolvimento em acidentes graves. Além do grave problema de irresponsabilidade no trânsito, o que impressiona nesses casos não é o preço do modelo, e sim o resultado da batida.
Na maioria dos casos, os superesportivos envolvidos em acidentes acabam com perda total. Mas por que o famoso “PT” é tão recorrente para modelos como Ferrari, Lamborghini e Porsche, avaliados na casa dos milhões?
Perda total de superesportivos acidentados
Foto: Shutterstock
Carros de marcas de luxo, como as três mencionadas, são inacessíveis para a maior parte da população brasileira, considerando que muitos deles custam mais de R$ 1 milhão. Isso faz com que o acesso seja restrito e ainda aumenta o valor do conserto dos danos causados por uma colisão.
É óbvio que o proprietário pode contratar um seguro, mas, como o valor do bem é tão alto, as apólices também custam caro. Por isso, mesmo alguns milionários resolvem não investir na proteção.
Já quando um carro superesportivo com seguro se envolve em uma batida, muitas vezes a seguradora determina perda total e autoriza a indenização integral porque o custo de reparo fica alto demais. Essa regra vale mesmo nos casos em que o conserto é possível.
“Veículos importados, nos quais as peças para substituição e o custo de reparo são mais elevados, podem ser classificados com maior facilidade como indenização integral”, explica Leonardo Ianegitz, diretor de operações da Dekra Brasil.
Os fatores envolvidos nessa conta são a baixa disponibilidade de peças, mão de obra altamente especializada e fragilidade dos componentes de carros desse segmento.
“Há muita fibra de carbono e outros materiais caros. Se mais de 30% de uma peça forem danificados, como um para-choque, frequentemente ela é condenada na vistoria do seguro”, conta o responsável pela oficina de algumas marcas famosas.
Até o serviço de funilaria e pintura pode ser um problema quando a colisão ocorre do lado onde fica o compartimento do motor. Em outros casos, o reparo é inviável porque uma simples peça pode custar mais de 75% do valor atual do veículo.