Entenda por que os carros a combustão estão ‘morrendo’, segundo estudo
Veículos a combustão nos EUA caem para 78% das vendas em 2024, com híbridos e elétricos em ascensão.
A presença dos veículos com motores a combustão interna (ICE) nos Estados Unidos está em declínio. Um relatório da Alliance for Automotive Innovation aponta uma queda significativa na participação de mercado desses automóveis no primeiro semestre de 2024. Com uma redução de 2,3%, o estudo levanta questões sobre o futuro dos veículos tradicionais.
Ainda responsáveis pela maioria dos carros novos vendidos, os veículos a combustão enfrentam desafios. A ascensão de modelos híbridos, elétricos e híbridos plug-in tem ameaçado essa hegemonia. A perspectiva é que, em breve, um quarto das vendas de carros novos seja de propulsão alternativa. Em 2016, os ICEs detinham 97% do mercado.
Em 2024, 78% das novas vendas de veículos nos EUA foram de modelos a combustão. Esse número representa uma redução de 18% comparado ao período pré-pandemia. O aumento na oferta de veículos híbridos e elétricos pelas montadoras, aliado aos incentivos federais e estaduais, tem impulsionado essa mudança.
Foto: Petr Smagin/Shutterstock
Tendências de mercado
Apesar da queda dos veículos a combustão, a desaceleração do ritmo de mudança é notável. Sam Fiorani, da AutoForecast Solutions, destaca que a transição para veículos elétricos não será linear. Com os primeiros adotantes já atendidos, a mudança desacelerará à medida que compradores menos familiarizados com a tecnologia entram no mercado.
Discussões em fóruns revelam que muitos consumidores se sentem “forçados” a adotar híbridos e elétricos, devido à eletrificação das linhas de produção das montadoras. A Toyota, por exemplo, viu suas vendas elétricas e híbridas crescerem 58% em 2024. O Camry, um dos carros mais vendidos, agora só está disponível em versão híbrida.
- Crescimento de 5,5% nas vendas gerais da Toyota em 2024;
- 58% de aumento nas vendas de modelos híbridos e elétricos;
- Oferta reduzida de modelos com motorização comum.
Para consumidores que ainda preferem veículos sem baterias, o Honda Accord pode ser uma opção mais atrativa. A mudança no mercado automotivo é clara, independentemente de ser impulsionada por demanda ou oferta. O auge dos veículos a combustão parece ter ficado no passado, vivendo constantemente uma metamorfose ainda incerta.