Esquecido entre os novos, carro queridinho da Honda ainda conquista entre os usados

É bem verdade que os sedãs já não fazem tanto sucesso quanto no passado, principalmente desde a chegada dos SUVs, com todo seu espaço interno e de armazenamento. No entanto, alguns modelos com carroceria de três volumes continuam tendo um público cativo.

O Honda Civic é um bom exemplo de carro que foi queridinho dos brasileiros, mas hoje não movimenta muitas vendas no segmento de novos. A situação muda quando falamos do mercado de veículos usados, onde dezenas de compradores ainda buscam por ele.

Segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o sedã registrou mais de 41 mil unidades vendidas no primeiro trimestre de 2023. Foram 14.355 em janeiro, 13.203 em fevereiro e 13.551 em março, totalizando 41.109 exemplares.

Embora os números sejam bastante inferiores aos do rival Corolla, o último modelo do Civic produzido no Brasil (2021) somou 18.949 emplacamentos. A 11ª geração do carro, importada da Tailândia, estreou no ano seguinte com motor híbrido.

Por que as vendas do Civic novo são baixas?

Na categoria de 0km, o queridinho da Honda amargou apenas 333 emplacamentos. O baixo volume de vendas pode ser explicado por alguns fatores, com destaque para a importação, que eleva o preço do veículo.Hoje, o sedã custa a partir de R$ 259.990, valor bem acima dos R$ 148.990 pedidos pelo Toyota Corolla ou dos R$ 187.990 cobrados pela versão híbrida do concorrente.

Também vale mencionar o crescimento do mercado de usados, que vem contribuindo para o abandono de determinados modelos novos nos últimos anos. Em vez de comprar a versão mais recente por um preço mais alto, muitas pessoas preferem colocar na garagem um usado de anos anteriores.

Outro ponto é o foco da própria montadora. A Honda anunciou recentemente um investimento de R$ 4,2 milhões no Brasil até 2030, com prioridade para os SUVs e a produção de híbridos flex. Inclusive, a marca confirmou a volta do compacto WR-V.