Estrada só para veículos autônomos pode ser construída no Japão; no Brasil daria certo?
Veículos de carga totalmente autônomos rodariam nessas estradas exclusivas. Será que algo assim daria certo no Brasil?
A busca por soluções eficientes na logística de cargas é constante. Recentemente, o Japão apresentou um projeto inovador: uma estrada dedicada a veículos de carga autônomos entre Tóquio e Osaka. A proposta visa reduzir custos e riscos, além de acelerar deslocamentos.
O projeto, batizado de “estrada de fluxo automático”, prevê substituir 25 mil motoristas por veículos autônomos. Esses veículos, semelhantes a paletes móveis, transitariam em uma via de três faixas. A faixa central seria destinada a estacionamento ou agrupamento.
Com dimensões de 1,10 m de comprimento, 1,10 m de largura e 1,80 m de altura, os paletes robotizados utilizariam energia elétrica para se movimentar. Eles operariam de forma independente e integrada a uma rede de veículos robotizados, otimizando a logística na região.
Infraestrutura e implementação
Esta estrada especial seria construída entre as faixas já existentes da rodovia que liga Tóquio a Osaka. A escolha por uma estrada ao invés de uma ferrovia se justifica pela mobilidade dos paletes. Eles podem abrir seus compartimentos de carga no destino, facilitando o uso de empilhadeiras.
Imagem: Notícias Automotivas/Reprodução
Benefícios adicionais dessa novidade:
- Proteção climática nas vias;
- Redução na necessidade de motoristas;
- Aumento da segurança no transporte urbano.
Daria certo no Brasil?
Com 90% das cargas no Japão transportadas por rodovias, a ideia se aproxima da realidade de países como o Brasil. Aqui, onde o transporte rodoviário é predominante, a tecnologia poderia ser útil entre terminais portuários e navios, por exemplo.
No entanto, o custo e a complexidade de gerenciar uma rede autônoma exigiriam um sistema de inteligência artificial (IA) dedicado, o que pode custar altos investimentos.
Então, fica claro que, embora promissora, a implementação desta tecnologia no Brasil necessitaria de amplas adaptações que talvez sejam inviáveis no momento. Sobretudo após o desastre da ponte JK, na divisa entre Tocantins e Maranhão.
Por hora, resta observarmos como o projeto vai se desenvolver no Japão, um país já marcado por inúmeras inovações que frequentemente ganham o mundo.