Estudo revela os carros menos seguros do Brasil; o seu está na lista?

Análise de acidentes de trânsito destaca fragilidade dos veículos populares nas rodovias brasileiras entre 2020 e 2021, segundo pesquisa do IPEA.

Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelou dados preocupantes sobre a segurança dos carros em circulação no Brasil. Analisando registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pesquisa destacou os modelos mais vulneráveis em termos de segurança.

Desenvolvido por Paulo César Pêgas Ferreira, o trabalho focou em sinistros ocorridos nas rodovias federais nos anos de 2020 e 2021. O objetivo principal foi identificar o grau de severidade dos acidentes com base nas especificações dos veículos envolvidos.

Tipos de carros, montadoras e modelos com mais riscos

O levantamento apontou para um crescente número de veículos antigos, com mais de uma década de fabricação, em más condições de manutenção. Essa situação aumenta o risco para motoristas e pedestres; por isso, inspeções periódicas são cruciais, e sua ausência agrava o volume alarmante de acidentes.

Fabricantes como Chevrolet, Honda, Nissan e Toyota investem proativamente em segurança, enquanto outras, como Fiat, Peugeot, Volkswagen e Renault, seguem apenas o mínimo exigido por regulamentações. Essa diferença se reflete na segurança dos modelos disponíveis no mercado.

Além das montadoras, o estudo também destacou alguns modelos que oferecem baixo nível de proteção e podem ser considerados frágeis. Os piores avaliados foram:

  • Chevrolet Spin;
  • Fiat Doblò;
  • Renault Sandero;
  • Renault Logan;
  • Toyota Etios;
  • Volkswagen Voyage;
  • Volkswagen Up!

Esses veículos apresentam alta gravidade nos acidentes, estando inseridos em categorias de baixo a médio custo, populares no mercado brasileiro.

Avanços tecnológicos e desigualdade

O aprimoramento dos sistemas de segurança, como airbags e controle de estabilidade, contribui para a redução de fatalidades no trânsito. No entanto, esses componentes são mais acessíveis em veículos premium, enquanto os carros populares permanecem carentes dessas tecnologias.

Segundo Paulo Ferreira, é essencial que a segurança veicular não dependa do poder aquisitivo, mas que todos tenham acesso a sistemas que salvam vidas. A meta deve ser a eliminação de acidentes fatais, destacando a importância de tratar o tema com responsabilidade.

Isso porque, independentemente da meta assumida, o único objetivo a se perseguir deve ser a inexistência de sinistros fatais. Afinal, todas as vidas realmente importam, independentemente do poder aquisitivo”, finaliza o especialista.

*Com informações do Auto Papo.

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