Falha do Onix pode gerar meio bilhão em indenizações; GM se pronuncia

Ministério Público Federal solicita indenizações por problemas de segurança no Chevrolet Onix, fabricado entre 2012 e 2018.

A General Motors do Brasil posicionou-se perante as acusações do Ministério Público Federal (MPF), que pleiteia indenizações para os proprietários dos modelos Chevrolet Onix.

A ação judicial, movida na Justiça do Distrito Federal, visa compensar os donos de veículos fabricados entre 2012 e 2018. O MPF alega que o Onix, produzido nesse período, falha em oferecer a proteção necessária contra impactos laterais.

A General Motors, por sua vez, defende que os carros atendem às normas brasileiras vigentes. A controvérsia envolve uma possível indenização milionária.

Detalhes da ação e exigências

A ação do MPF implica a General Motors em falhas de segurança no Onix, destacando a ausência de reforços estruturais laterais.

Os danos morais coletivos e a falta de proteção são os principais argumentos. A indenização exigida inclui percentuais sobre o faturamento bruto do modelo.

Segundo o MPF, o montante a ser pago deve considerar um percentual mínimo de 5% das vendas totais do Onix. A empresa faturou cerca de R$ 8,3 bilhões entre 2012 e 2018, o que resulta em uma compensação mínima de R$ 415 milhões.

Distribuição das indenizações

Onix 2014 (Foto: Divulgação/Chevrolet)

  • R$ 100 mil para familiares de vítimas fatais em acidentes com impacto lateral.
  • R$ 50 mil para consumidores que comprovarem danos físicos em colisões laterais.
  • O restante será destinado ao dano moral coletivo ou ao Fundo de Direitos Difusos, caso não haja comprovações individuais.

Testes de segurança e consequências

O Latin NCAP, em 2017, atribuiu nota zero ao Onix em testes de impacto lateral. Esse resultado impulsionou a ação legal. Em 2018, após reforços estruturais, o modelo obteve notas melhores. Entretanto, o MPF ainda defende que os veículos anteriores a 2018 permanecem inseguros.

Em 2020, o Ministério Público de Minas Gerais e o MPF iniciaram um processo exigindo recall dos modelos afetados. O procurador Anselmo Cordeiro Lopes destacou a admissão da GMB sobre a falta de segurança lateral. A empresa mantém que cumpria as exigências legais da época.

O desenrolar deste caso pode influenciar futuras regulamentações e normas de segurança automotiva no Brasil. A decisão judicial aguardada na 3ª Vara Federal Cível do Distrito Federal trará consequências significativas para o mercado e consumidores.

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