Fim dos carros 100% elétricos? Modelos enfrentam obstáculos e público quer saber de outra coisa

O ano de 2024 não está sendo favorável para a venda de elétricos. Entenda o porquê.

Apesar do crescimento na produção, muitas montadoras estão repensando o ritmo de lançamento dos carros 100% elétricos. O motivo está relacionado à desistência de muitos compradores, relutantes em abandonar de vez os modelos à combustão.

Com exceção da China, todos os mercados mundiais reduziram as vendas de elétricos no primeiro quadrimestre deste ano. Por outro lado, observou-se um aumento na procura por híbridos plugáveis, sobretudo aqueles com bateria de maior capacidade, capazes de oferecer pelo menos 100 km de alcance médio no modo elétrico.

Plano B

As evidências de que montadoras famosas estão descartando projetos 100% elétricos têm sido a prova da mudança estratégica de mercado. A Ford, por exemplo, revelou que teve um prejuízo pesado na venda de cada modelo elétrico. Tanto a GM, VW e a Mercedes-Benz, assim como a Stellantis, também estão reavaliando o melhor cenário, neste caso, a favor dos híbridos.

A única exceção é a BMW, pioneira no carro elétrico com o i3. Quem conhece a história da montadora sabe que ela sempre defendeu que a livre escolha deve ser do mercado. Neste caso, a empresa disponibiliza tanto motores de combustão interna (MCI) quanto híbridos e elétricos.

Até mesmo a poderosa Tesla, de Elon Musk, não escapou da concorrência dos carros elétricos. O resultado disso tem sido perdas financeiras pesadas, além da redução das vendas esperadas. Dos cinco produtos lançados pela empresa de Musk, apenas dois modelos se destacaram: o Model 3 e o Model Y.

Foto: mpohodzhay/Shutterstock

China mantém percurso

Apesar da mudança de direcionamento de muitas montadoras, na China o cenário é totalmente diferente. Diante dos prejuízos astronômicos no setor imobiliário do país, o governo decidiu priorizar os carros elétricos, proporcionando ao mercado fortes subsídios, sobretudo em relação ao desenvolvimento de baterias. Com isso, os avanços tecnológicos acabaram se sobressaindo.

Com esse crescimento, a ordem no país foi de exportar essa tecnologia, principalmente para os EUA, onde o mercado é menor que o da China, porém, promissor. No entanto, o governo norte-americano anunciou que veículos chineses terão impostos de importação de 100%. E, para driblar essa imposição, a saída para os chineses seria construir fábricas no México e, de lá, exportar para os Estados Unidos. Resta saber se isso, de fato, seria uma boa ideia.

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